Diante da pressão internacional dos Estados Unidos e alguns aliados europeus para que a China esclareça a origem do coronavírus, o país asiático afirmou que permitirá uma investigação estrangeira sobre o tema, mas não agora.
Em entrevista à agência de notícias AFP, o embaixador Chen Xu, representante chinês na ONU (Organização das Nações Unidas), argumentou que “a maior prioridade do país, neste momento, é alcançar a vitória final” contra a pandemia.
O que seria esta “vitória final”? Segundo o diplomata, seria o fim definitivo do surto no país, ou seja, quando forem zerados os casos ativos em todo o território, “e após transcorrido algum tempo desse patamar, para garantir que não os casos assintomáticos não provoquem um novo surto”, explicou Chen.
O embaixador também assegurou que a China “Não é avessa a qualquer tipo de investigação, consulta ou avaliação (…) Apenas enfatizamos que, o importante agora é trabalhar para salvar o maior número de vidas possível”.
As declarações de Chen são uma resposta às acusações dos Estados Unidos de que um laboratório em Wuhan teria criado o novo coronavírus. Países como Reino Unido e Alemanha também já apoiaram veladamente esta versão, exigindo que a China seja mais transparente a respeito do tema.
O presidente estadunidense Donald Trump assegura ter provas de que o vírus foi criado em laboratório, e que as revelará em breve. Por sua parte, a OMS afirma ter mais de 15 mil mostras sequenciadas do novo coronavírus, que comprovam sua origem natural, e fez um apelo para que os países deixem de politizar o tema.