Igreja Católica cita contradição entre Bolsonaro e Doria em pedido de reabertura de Santurário de Aparecida

Em contestação ao pedido do MP, que fechou o Santuário de Aparecida em 14 de março, a igreja diz que "há sérios questionamentos" sobre o isolamento social e, como Bolsonaro, cita a Suécia como exemplo de países que não adotaram "mecanismo extremo" contra o coronavírus

Santuário de Aparecida (Divulgação)
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Em contestação apresentada à 2ª Vara Cível de Aparecida, no interior de São Paulo, a administração do Santuário de Nossa Senhora reclama da contradição entre o presidente, Jair Bolsonaro (Sem partido), e o governador, João Doria (PSDB), para pedir a reabertura do local, um dos maiores centros de peregrinação do Brasil, que está fechado desde 14 de março.

"Se o presidente da República diz 'A', o governador diz 'B', o Ministério Público diz 'C' e o STF orienta a 'D'…, o que o cidadão deverá fazer? Em quem acreditar?", diz a contestação, segundo reportagem de Rogério Gentile, no portal Uol nesta terça-feira (26).

Na peça jurídica, o Santuário diz que "há sérios questionamentos" sobre o isolamento social para conter a propagação do coronavírus e, como Bolsonaro, cita a Suécia como exemplo de "países que não adotaram um mecanismo extremo e sofreram menos do que outros, como a Itália, que adotaram o modelo restritivo estranhamente defendido pela Promotoria", que é responsável pela ação que fechou o local.

Com mais de 4 mil mortos, a sexta maior taxa do mundo, e 33 mil casos de contaminação, a Suécia já estuda fechar portos, aeroportos, estações de trem, shopping centers e restaurantes após usar a estratégia de contaminação em massa contra o coronavírus.