A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afebras) divulgou nota nesta quarta-feira (20) em que repudia "a infeliz declaração do presidente Jair Bolsonaro dizendo que 'quem é de direita toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína', no mesmo dia em que o país registrou, pela primeira vez, mais de mil mortes por coronavírus em 24 horas".
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"A entidade defende que o governo, em vez de politizar o uso do medicamento, deve acabar com as regalias fiscais milionárias concedidas a multinacionais de bebidas na Zona Franca de Manaus, para amenizar o momento de crise econômica agravada pela pandemia no país", diz o texto.
A Afrebras representa mais de 100 indústrias de bebidas regionais no Brasil, entre as quais os produtores de tubaína. Segundo a nota, publicada no site da associação, parte das fábricas tem atuado junto aos profissionais de saúde no combate ao coronavírus.
"Boa parte das fábricas regionais está se mobilizando para fazer doações de alimentos e álcool em gel a comunidades pobres para tentar diminuir os impactos da crise".
A entidade destaca que vários hospitais ou leitos de hospitais de campanha poderiam ser construídos com o dinheiro da farra de benefícios fiscais.
“A revogação do decreto poderá representar uma economia de quase R$ 2 bilhões aos cofres públicos”, afirmou Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras, dizendo que a revogação do decreto 10.254/2020 permite dobrar, de junho a novembro, o valor do crédito tributário de 4% para 8% sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pago por multinacionais de bebidas, como Coca-Cola, Ambev e Heineken.
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