Profissionais da saúde fazem protesto virando as costas à primeira-ministra da Bélgica

Sophie Wilmès, de centro-direita, tem defendido política de “quarentenas parciais” para não afetar a economia, contrariando as associações de médicos e enfermeiras

Profissionais da saúde fazem protesto na Bélgica (foto: Brussels Times)
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A visita da primeira-ministra belga ao Hospital Saint-Pierre, em Bruxelas, nesta segunda-feira (18), foi alvo de protesto dos profissionais da saúde do local, que a receberam virando as costas para sua comitiva, em sua chegada ao local.

Os médicos e enfermeiras fizeram um corredor na entrada do edifício e se colocaram de costas para o veículo que trazia a líder política do país. A manifestação tem a ver com a oposição das associações de médicos e enfermeiras à política de “quarentena parcial” adotada pelo governo.

A postura da Bélgica com relação à pandemia do coronavírus tem sido a de buscar medidas de saúde que não afetem a economia, por isso, o isolamento tem sido apenas parcial, mantendo em funcionamento muitas atividades consideradas não essenciais.

O resultado dessa estratégia é que a Bélgica é um dos países com maior número de mortes na Europa, em termos proporcionais, com mais de 9 mil vítimas da covid-19 (em uma população de 18 milhões). Também é o quinto país europeu com mais mortes em números absolutos (perde para Reino Unido, Itália, França e Espanha) e o sétimo do mundo (atrás também dos Estados Unidos e do Brasil).