Europa autoriza uso do remdesivir contra o coronavírus

Medicamento já havia sido autorizado nos Estados Unidos, mas sua criadora, a farmacêutica Gilead, só deve publicar os estudos conclusivos sobre sua efetividade contra a covid-19 no final deste mês

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Nesta terça-feira (19), o diretor da EMA (sigla em inglês da Agência Europeia de Medicamentos), Guido Rasi, afirmou que o organismo deverá autorizar, ainda nesta semana, a utilização do antiviral remdesivir no tratamento de pacientes com covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus.

“Será uma autorização condicional, vigente para os próximos dias, e sua continuidade vai depender dos dados apresentados e da análise dos especialistas sobre se eles são sólidos o suficiente”, explicou o médico italiano, em audiência da Comissão do Meio Ambiente e Saúde Pública do Parlamento Europeu.

Autorizações condicionais, como a que será concedida agora pela EMA, são entregues quando se considera que os benefícios de seu uso superam o risco derivado do fato de haver menos dados do que o normalmente necessário para uma autorização completa.

A cautela se dá pelo fato de que, embora o medicamento já tenha sido autorizado nos Estados Unidos, a empresa Gilead, criadora do remdesivir, vem realizando provas sobre sua efetividade contra a covid-19, mas só deve publicar os resultados no final de maio.

O remdesivir foi desenvolvido pela Gilead em 2015 como um medicamento para curar o ebola, mas foi considerado um fracasso naquele então, já que se mostrou menos efetivo que outros remédios que mostraram melhor capacidade de cura.