O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, avisou aos seus secretários que não assume de vez a pasta.
Ele avisou também que fica onde está. Permanece como secretário executivo, seja lá quem for o ministro que chegue.
Pazuello não está nem despachando no 5º andar, onde fica o gabinete ministerial. Ele continua em sua sala, no 3º pavimento do prédio.
O general foi apontado como um dos favoritos do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) para substituir Nélson Teich. Pazuello se tornou secretário-executivo a pedido do próprio Bolsonaro, de quem é amigo.
General "Casca grossa"
O general era comandante da 12ª Região Militar da Amazônia e ficou conhecido nacionalmente por ter coordenado a Operação Acolhida, que cuidava da entrada de refugiados venezuelanos em Roraima.
Teoricamente, o militar deveria comandar as operações de logística do ministério, mas acabou por concentrar todas as decisões práticas da pasta. Ele era frequentemente consultado por Teich em questões técnicas, como a falta de respiradores em determinadas regiões do país.
Pazuello é descrito por servidores do ministério como um general “casca grossa” e teria irritado vários integrantes da equipe de Teich.
Com informações da coluna de Lauro Jardim