O secretário estadual da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, anunciou em coletiva, nesta terça-feira (28), que o estado registrou um recorde de mortes pelo coronavírus, com 224 óbitos, um aumento de 12% em relação ao número divulgado na segunda-feira.
Com isso, São Paulo já contabiliza 2.049 mortes. "Como não temos uma fila de testes, isso significa que esses novos casos foram dos últimos dias", afirmou.
O infectologista Davi Uip, chefe do Centro de Contigência da Covid-19 no Estado, afirmou que "o balanço de óbitos nas últimas 24h é o mais importante até então."
O Estado tem 24.041 casos confirmados da doença, com 2.300 novos casos, um aumento de 11%.
De acordo com o balanço, 81% dos leitos de UTI na Grande São Paulo estão ocupados. No Estado, esse índice é de 61,7%.
"Estamos chegando em um limite perigoso", afirmou
O secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo e presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP), Geraldo Reple Sobrinho, disse que “estamos chegando em um limite perigoso. Quando se atinge 80% (de ocupação de leitos de UTI) começa a ter um certo risco muito aumentado. Porque a média de permanência de um doente da covid-19 em UTI é de mais de 15 dias. Em um leito de UTI, eu consigo colocar dois pacientes por mês", disse Sobrinho, que participou da coletiva.
Com informações do Estadão