O presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), Lourival Panhozzi vê com estranheza pedidos que estão sendo feitos pelo Exército e pela Polícia Civil para que funerárias informem o número de mortes por coronavírus e a capacidade de sepultamento.
"Não faz o menor sentido o setor funerário ser questionado pelo Exército. Em São Paulo, a Polícia Civil está questionando o setor. No Rio, é o Exército. O coronavírus não é um caso policial. Qual o interesse deles? É uma atitude muita estranha. É um despropósito a visita de um e outro", disse ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época.
Na semana passada, o Comando da 1ª Região Militar, que abarca Rio de Janeiro e Espírito Santo, enviou um ofício “urgentíssimo” a prefeitos da região questionando a possibilidade de realizar “sepultamentos em massa” diante da pandemia do novo coronavírus.
O documento, assinado pelo coronel Luiz Mauro Rodrigues Moura, solicita “aos senhores chefes dos postos de recrutamento e mobilização o apoio das juntas de serviço militar para que seja realizado um levantamento de dados estatísticos referentes à quantidade de cemitérios, disponibilidade de sepulturas e capacidade de sepultamentos diários em suas respectivas áreas de responsabilidade”.