Dono de uma loja de móveis em Miracatu, no Vale do Ribeiro (SP), Renato Bolsonaro protagonizou uma cena típica do irmão mais velho, Jair Bolsonaro e foi deixado reclamando na porta de um açougue da cidade vizinha de Registro.
Segundo reportagem de Wálter Nunes, na edição desta quinta-feira (16) da Folha de S.Paulo, Renato entrou na fila para fazer compras no açougue Carne, Queijo e Cia, que só atende duas pessoas por vez, que são obrigadas a usar máscara para entrar no estabelecimento, conforme norma do município.
Ao chegar sua vez, o irmão de Bolsonaro se recursou a colocar a máscara e exigiu ser atendido do lado de fora, o que também não é permitido pela prefeitura do município.
Renato, então, passou a reclamar na porta do açougue. Sem ser atendido, foi embora irritado. Assim como o irmão presidente, o empresário também é contra o isolamento social.
Lobista
Sem cargos no governo, Renato tem atuado como lobista na distribuição de verbas do governo federal para prefeituras de São Paulo e já teria liberado ao menos R$ 110 milhões.
Levantamento da Folha de S. Paulo mostrou a participação do irmão do presidente na liberação de dinheiro para ao menos quatro municípios do litoral e do Vale do Ribeira, região de origem da família Bolsonaro.
Ele também participa de solenidades de anúncio de obras, assina como testemunha contratos de liberação de verbas, discursa e recebe agradecimentos públicos de prefeitos pela ajuda no contato com o presidente. Renato, no entanto, diz não ser pago pelo trabalho, que inclui viagens pelo estado de São Paulo.