Mais de 700 cadáveres foram removidos de inúmeras casas em Guayaquil, a cidade mais afetada pela pandemia de coronavírus no Equador, de acordo com anúncio de Jorge Wated Reshuan, diretor do BanEcuador e líder da Força-Tarefa responsável pela coleta, neste domingo (12).
"A quantia que coletamos, com a ajuda das pessoas em suas casas, ultrapassou 700 pessoas", disse Wated.
A agência AFP afirma que, diante da incapacidade dos cidadãos de enterrar seus parentes, as autoridades assumiram essa tarefa. Wated afirmou que identificou os restos mortais de 600 pessoas e os enterrou em 2 cemitérios da cidade.
As causas dessas mortes, que ocorreram enquanto a capital da província de Guayas, sofre com o colapso dos sistemas hospitalares e funerários devido a um grande número de casos de coronavírus (cerca de 4.000) são desconhecidas. Ao mesmo tempo, a cidade concentra 72% dos mais de 7.400 casos em todo o país. Até o momento, segundo dados oficiais, 333 pessoas morreram da covid-19 no Equador.
O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou nesta quarta-feira que seu governo entrará com uma queixa na Procuradoria Geral do Estado "para que seja investigada a má gestão dos mortos nos necrotérios hospitalares.
"Não permitiremos que ninguém seja enterrado sem sua identificação. São irmãos que merecem um adeus com dignidade", Disse Moreno no Twitter.
Com informações da Actualidades RT