CBN desmente fake news de Bolsonaro sobre desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte

"A reportagem da CBN foi à CEASA de BH e constatou que não há desabastecimento, ao contrário do vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro", afirmou Milton Jung, apresentador da CBN

Ceasa de Belo Horizonte (Reprodução/Facebook)
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Pouco mais de uma hora depois que Jair Bolsonaro publicou um vídeo criando clima de terror com um apoiador afirmando havia desabastecimento no Ceasa de Belo Horizonte, o apresentador da CBN, Milton Jung, afirmou em seu Twitter que a reportagem da rádio foi até o local e constatou que tratava-se de mais uma fake news do presidente.

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"A reportagem da CBN foi a CEASA de BH e constatou que não há desabastecimento, ao contrário do vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta manhã, no Twitter e no Facebook, usado para criticar restrições de governadores e prefeitos", tuitou Jung, que apresenta o Jornal da CBN.

https://twitter.com/miltonjung/status/1245316769977372672

De acordo com reportagem de Bruno Bohnenberger, da CBN, que esteve no local,  as atividades estão normais e não existe risco de falta de produtos. A direção ressaltou ainda que não há risco de desabastecimento na cidade, nem no estado, pelo contrário: há, inclusive, produtos em excesso por causa da baixa procura em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns comerciantes relatam melhora nas vendas.

https://twitter.com/CBNoficial/status/1245327689445068800

Às 7h35 desta quarta-feira (31), menos de 12 horas após um pronunciamento em tom mais conciliador, Bolsonaro foi às redes sociais e criou um clima de terror ao divulgar um vídeo em que um apoiador diz estar no Ceasa de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e aponta risco de desabastecimento, culpando governadores.

"Não é um desentendimento entre o Presidente e ALGUNS governadores e ALGUNS prefeitos. São fatos e realidades que devem ser mostradas. Depois da destruição não interessa mostrar culpados", escreveu Bolsonaro ao compartilhar o vídeo.

Após ser desmentido, Bolsonaro apagou o tuíte do Facebook e Twitter, onde havia publicado.

Atualizada às 11h43 do dia 1º de abril, com a informação de que Bolsonaro apagou a publicação