Pelo menos 609 funcionários e colaboradores de quatro dos principais hospitais da capital paulista já foram afastados por causa do coronavírus até esta segunda-feira (30).
Maior hospital público do Brasil, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) já mandou para a quarentena 125 funcionários por causa da pandemia, segundo informações de Mônica Bergamo na edição desta terça-feira (31) da Folha de S.Paulo.
Entre médicos, enfermeiras, técnicos e fisioterapeustas afastados, ao menos 108 testaram positivo para a Covid-19 - outros 50 aguardam o resultado do exame.
Segundo a jornalista, 1.244 colaboradores do HC já realizaram testes do coronavírus.
Frente de batalha
No Hospital Sírio Libanês, 104 funcionários foram afastados, entre eles o infectologista Dadiv Uip, chefe do comitê de combate ao coronavírus em São Paulo, que testou positivo.
No Hospital Albert Einstein, sempre citado por Jair Bolsonaro pelo uso da hidroxicloroquina, 348 colaboradores foram diagnosticados com a doença e 13 estão internados. Destes, 169 são médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem - 47 já se recuperaram e voltaram ao trabalho.
Já no Hospital do Coração (HCor) 32 médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas foram afastados por suspeita da Covid-19.
Periferia
Em São Miguel Paulista, na zona Leste de São Paulo, funcionários do Hospital Municipal Tide Setúbal afirmam que tem faltado máscaras e luvas, entre outros equipamentos. Segundo os profissionais, um colega chegou a ser entubado com suspeita de Covid-19.
Segundo o jornal Agora SP, a lista de queixas é tão extensa que gerou até declaração sobre limites de atuação profissional na ausência de equipamento de proteção individual (EPI), que foi entregue ao Conselho Federal de Enfermagem.