Estudo publicado nesta terça-feira (17) na revista científica Lancet mostraram que a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac, produziu anticorpos contra o novo coronavírus em 97% dos casos.
No Brasil, o imunizante é testado em voluntários em parceria com o Instituto Butantan, que vai fabricá-lo no país. No entanto, o estudo publicado na Lancet leva em conta dados das fases 1 e 2 do teste em humanos, que reuniram 744 voluntários na China, com idades entre 18 e 59 anos.
Os dados mostram que as reações adversas foram leves e nenhum efeito adverso sério relacionado à vacina foi identificado. A reação mais comum foi dor no local da aplicação. A taxa de soroconversão – produção dos anticorpos - entre os voluntários que receberam a vacina ficou acima dos 90%.
O estudo teve também participantes que receberam placebo, uma substância sem efeitos colaterais, mas que também não têm imunizantes. A intenção é comparar a produção de anticorpos entre aqueles que recebem a vacina efetiva com esse grupo e, assim, avaliar a eficácia do produto.
A CoronaVac foi “apadrinhada” pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele tem divulgado em suas entrevistas coletivas resultados dos testes da vacina e assinou, em um desses eventos, um contrato para a compra de doses do produto.
Outras vacinas
Nesta segunda-feira (16), o laboratório Moderna, dos Estados Unidos, divulgou que a vacina que desenvolve o novo coronavírus apresentou 94,5% de eficácia em testes preliminares. Os resultados ainda não foram publicados em revista científica.
Na segunda-feira (9), a Pfizer deu a largada, divulgando estudos que davam conta de que seu imunizante é 90% eficaz.
Dois dias depois, na quarta-feira (11), foi a vez de o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia da Gamaleya, ligado ao Ministério da Saúde da Rússia, divulgar informações de um estudo que teria comprovado a eficácia de 92% da vacina Sputnik V no combate ao coronavírus.
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