A Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (RioTur) realizou uma transmissão ao vivo nesta quinta-feira (29) ao lado de infectologistas, representantes dos blocos de carnaval de rua e do Ministério Público para anunciar que os tradicionais blocos não tomarão as ruas da capital carioca no próximo ano em razão da pandemia do novo coronavírus.
“O acontecimento do carnaval está diretamente ligado à chegada da vacina. Sem vacina não é possível termos carnaval de rua, nem mesmo os desfiles das escolas de samba, como a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) já havia anunciado no mês passado”, disse Villa Flor.
“Sem vacina, não é possível termos o carnaval nos moldes tradicionais, como conhecemos há décadas. Como não ouvir especialistas? Como não ouvir os que participam de toda a engrenagem dos blocos de rua? A posição dos blocos foi muito responsável, e eu os parabenizo por isso”, completou.
Vila Flor não descartou um possível adiamento do Carnaval: “Nossa posição é: sem vacina, não é possível fazermos uma previsão para a realização do Carnaval Rio 2021. Chegando a vacina, conseguiremos fazer o planejamento e falar em datas”. As escolas de samba adiaram os desfiles, também sem previsão de data.
A presidenta da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade (Sebastiana), Rita Fernandes, anunciou que os blocos pretendem fazer lives ou shows fechados para compensar a ausência das grandes aglomerações.
Segundo ela, mesmo que haja vacina no meio do ano, é complicado ter estrutura para colocar os blocos na rua no segundo semestre. “Se liberar o público no segundo semestre, a gente não pode fazer a festa. Fica muito em cima e, do ponto de vista da regulamentação, legalização, para nós, no segundo semestre é inviável", declarou.
Apesar da posição da Sebastiana - a associação de blocos mais tradicional do Rio - houve questionamentos nas redes sociais se a Prefeitura conseguirá conter "blocos surpresa" que podem surgir.