Sou mulher negra o ano inteiro

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Por Jarid Arraes O Dia 20 de Novembro já passou e é provável que, para muitos, com ele tenha se esvaido toda a memória da importância que a Consciência Negra carrega consigo. A reflexão sobre o racismo e o combate ao preconceito racial está além das expectativas por uma data, mesmo que seu simbolismo seja necessário e profundamente importante. No entanto, um questionamento surge: as vozes negras estão sendo verdadeiramente ouvidas? De quem são essas vozes? Indo além das limitações impostas por uma mentalidade extremamente centralizada no sudeste do Brasil e trazendo fortes provocações dentro de um Feminismo Negro e nordestino, Karla Alves fala - em vídeo - sobre a vivência do ativismo negro no interior do Ceará e os incômodos com o Feminismo que ignora recortes de raça. É tempo de dar a palavra para mulheres que possuem muito a dizer e ensinar, mas que são barradas por uma cultura que pretere o Nordeste e sua importância política. Fiquem com o depoimento abaixo, gravado de forma amadora, mas repleto de assertividade: