México engoliu meio-campo brasileiro. Análise tática

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Brasil e México empataram em 0 a 0 em Fortaleza pela segunda rodada da Copa do Mundo. O Brasil jogou no 4-2-3-1, com Luiz Gustavo atuando como terceiro zagueiro centralizado às vezes. O México jogou no 3-5-2, variando para o 4-4-2. Brasil no 4-2-3-1 O jogo serviu para evidenciar as deficiências do time brasileiro e, também, para mostrar a força dos mexicanos diante do Brasil. Força mental e tática, ressalte-se. Sim, porque o México não tem jogadores tecnicamente brilhantes, mas eles sabem dos traumas dos brasileiros com os mexicanos e, não menos importante, sabem se posicionar para anular o jogo do Brasil. Sem contar a ótima atuação do goleiro Ochoa. Utilizando esta variação do 3-5-2 para o 4-4-2, o México consegue se defender bem, deixando um jogador (Rafa Márquez) na sobra dos zagueiros, e atacar com algum perigo, iniciando o jogo com esse mesmo Rafa Márquez. O Brasil também joga com Luiz Gustavo voltando para atuar como terceiro zagueiro em alguns momentos, mas Rafa Márquez tem muito mais qualidade que ele para sair jogando. Essa diferença é fundamental. México no 3-5-2 / 5-3-2 Em tese, com três zagueiros, o México poderia liberar seus alas (Aguilar e Layun) para atacar e, consequentemente, segurar os dois laterais brasileiros, anulando o jogo pelas laterais. O jogo pelas laterais do México não saiu por que, com a contusão de Hulk, Ramires auxiliou Daniel Alves na marcação pela direita enquanto Oscar fez o mesmo pela esquerda, ajudando Marcelo. O que não funcionou foi o meio-campo brasileiro, muito despovoado. Com essa preocupação com as laterais, o jogo sobraria para Paulinho, Luiz Gustavo (quando avançava) e Neymar, que jogou centralizado como meia-atacante. Como dissemos, Luiz Gustavo é ótimo marcador, mas não tem qualidade para sair jogando ou criar jogadas no ataque. Paulinho está mal há algum tempo e é um carregador de bola. O time sentiu falta de um armador típico. Com Oscar atuando pelo lado (onde atua melhor, diga-se), e jogando mal, o Brasil não conseguiu preencher e comandar o meio-campo. O México, neste setor, tinha mais e melhores jogadores (para a função): Herrera, Guardado, Vazquez, Rafa Márquez e Giovani dos Santos, que voltava. O Brasil precisa, urgentemente, de passar a jogar com 11 jogadores. Paulinho não está bem e Hernanes seria o melhor nome disponível, já que é um volante que sabe armar o jogo.

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