Um nanossatélite brasileiro, desenvolvido por alunos e pesquisadores de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal do Maranhão para o Programa Espacial Brasileiro e apelidado "Aldebaran-I", finalizou a fase de testes e deve ser lançado, em março de 2025, a partir do Centro Espacial da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).
O desenvolvimento do satélite, que se deu em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o SpaceLab da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Inpe de Natal (RN) e quatro startups (Innalogics, Cron, Orbital Engenharia e All to Space), teve como propósito auxiliar em atividades de busca e salvamento de embarcações no Maranhão, de acordo com Felipe Fraga, coordenador de Satélites e Aplicação da AEB.
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Mas o Aldebaran-I também deve ajudar na prevenção de queimadas a partir de uma plataforma de coleta de dados ambientais desenvolvida em parceria com o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a Marinha do Brasil e a Fundação Sousandrade (FSADu).
Antes de ser enviado à startup All to Space, com sede em Brasília (DF), que vai transportá-lo até a Índia para ser integrado ao foguete indiano PSLV pela NewSpace India Limited, o nanossatélite passou por uma última fase de testes no Brasil, no Laboratório de Integração e Testes do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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O teste serviu para validar o lançamento e provar a função primária de busca e resgate do nanossatélite, e foi bem-sucedido. De acordo com a equipe, durante os testes, foram registrados a orientação e os eixos do satélite, seu tamanho e peso, sua integração ao P-Pod (Poly-Picosatellite Orbital Deployer, o implantador de lançamento), e foram adicionados sensores de movimento para o teste de vibração (três testes em cada eixo do satélite), para enfim compará-lo ao boot counter (o contador de inicializações, que serve para rastrear eventos críticos que possam levar à reinicialização do satélite e corrigir erros de seu sistema).
Agora, o nanossatélite desenvolvido na UFMA tem previsão de lançamento à órbita da Terra em março de 2025, à bordo do foguete indiano.
No Instagram, a equipe responsável pelo projeto, formada pelos alunos de Engenharia Aeroespacial da UFMA, acompanha o progresso da Missão Aldebaran-I e compartilha imagens do nanossatélite. Confira aqui.