O apagão cibernético mundial que causou falhas em diversos setores, na última sexta-feira (19), afetou 8,5 milhões de computadores com o serviço Windows, segundo estimativa da Microsoft.
A pane global foi causada por uma atualização do sistema de segurança da empresa CrowdStrike, o Falcon, uma ferramenta líder no mercado de segurança cibernética e utilizada pela Microsoft.
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O apagão atrapalhou o funcionamento de companhias aéreas, bancos, hospitais e outras empresas pelo mundo. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) relatou que a pane afetou seus sistemas internos, mas os serviços principais já haviam sido restaurados.
Nos Estados Unidos, Europa, Índia, Hong Kong e Cingapura, operações aéreas foram interrompidas, e transmissões ao vivo pela TV foram suspensas no Reino Unido e na Austrália.
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Segundo estimativa, o serviço da Microsoft é utilizado por 70% dos computadores do mundo. Porém, o número de 8,5 milhões de dispositivos afetados representa menos de 1% do total. Ainda assim, a empresa afirma que “embora a porcentagem tenha sido pequena, os amplos impactos econômicos e sociais refletem o uso do CrowdStrike por empresas que executam muitos serviços críticos”.
A empresa também acrescentou que está trabalhando junto à CrowndStrike para desenvolver uma solução, mobilizando “centenas de engenheiros e especialistas” para atuar diretamente com os clientes e restaurar os serviços.
Por fim, a Microsoft ressaltou que o impacto do apagão mostra o quão interconectados são os sistemas que cercam o ambiente cibernético.“Também é um lembrete de quão importante é para todos nós no ecossistema de tecnologia priorizar a operação com implantação segura e recuperação de desastres usando os mecanismos que existem”, concluiu.
Apagão global gera caos em voos, hospitais, bancos e telecomunicações
Uma pane generalizada nos sistemas informáticos causou uma interrupção global nesta sexta-feira (19), afetando setores essenciais ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, a aviação foi severamente prejudicada, com centenas de voos atrasados ou cancelados. No Reino Unido, as transmissões de televisão foram interrompidas, enquanto na Austrália, as telecomunicações enfrentaram problemas de conectividade.
De acordo com o Downdetector, um site colaborativo que monitora o status de serviços online, diversas instituições bancárias e empresas de telecomunicações ao redor do mundo registraram instabilidades. American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air anunciaram a suspensão de seus voos menos de uma hora após a Microsoft declarar ter resolvido uma falha significativa em seus serviços de nuvem. A interrupção tecnológica afetou várias companhias aéreas de baixo custo, gerando um efeito cascata que levou as grandes operadoras a tomarem medidas preventivas.
Outras interrupções tecnológicas foram registradas. No Alasca, o serviço de emergência 911 ficou indisponível, comprometendo o atendimento à população em casos de urgência. Bancos e serviços de mídia sofreram interrupções, com algumas lojas sendo obrigadas a fechar temporariamente as portas na Austrália. Na Nova Zelândia, clientes de alguns bancos também enfrentaram dificuldades para acessar suas contas.
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Prenúncio de apagões maiores
Ao programa Fórum Café, o analista de dados da Fórum, Edgard Piccino, fez uma avaliação do fato, que já é considerado o maior apagão da história digital.
"A gente sabe que o Windows tem muitos problemas de segurança. E, por isso, muitas corporações compram serviços online de defesa cibernética. Esse apagão começou num serviço desse, chamado Cloudstrike, muito utilizado por grandes corporações. O sistema funciona bem. Mas aí esse sistema caiu em uma atualização e ele gerou um problema no Windows que ficou em looping na tela azul. Aí, caiu a atualização em nuvem da Microsoft e isso agravou o problema", afirmou.
E ainda fez uma previsão para o futuro: "Demorou para isso acontecer e é o prenúncio de apagões maiores. Vai chegar um dia que a gente vai ter de fato um apagão global. Vai ficar fora do ar energia, comunicação, internet e televisão. Haverá um apagão global um dia", confirmou.
Confira a entrevista completa de Edgard Piccino ao Fórum Café: