Na última terça-feira (17), a Marinha do Brasil realizou o lançamento de seu Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) a partir da lançadora ASTROS, sistema de lançamento de foguetes de artilharia do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais.
Foi um treinamento importante para comprovar as capacidades tecnológicas da Marinha e sua "autonomia e independência" no setor militar, como afirmou Robson Duarte, responsável por coordenar o Projeto MANSUP. O lançamento ainda teve o apoio da Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico (SIATT), empresa especializada em alta tecnologia de defesa aeroespacial, sediada em São José dos Campos.
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O Projeto MANSUP, de origem brasileira, foi criado para fortalecer a capacidade de defesa do Brasil e modernizar as Forças Armadas do país em relação ao combate de ameaças marítimas, e envolve uma parceria ampla entre instituições de pesquisa e empresas nacionais do setor de defesa.
Com uma capacidade de lançamento de até 70 km, o MANSUP atinge alvos marítimos com uma precisão considerada alta, e a velocidades subsônicas — mais manobráveis e discretos.
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Ele pode ser lançado a partir de plataformas terrestres, de bases em navios ou de aeronaves, conforme sua adaptação.
O MANSUP permite, além disso, a integração a sistemas de defesa por radar, como é o caso do SisGAAZ (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), que possibilita a obtenção de imagens em tempo real da costa territorial brasileira, de sua zona econômica exclusiva e da exploração de recursos naturais na Margem Equatorial.
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A expectativa é que o míssil componha as fragatas da classe Tamandaré, desenvolvidas em parceria com a ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS), a Embraer, a Atech e a Oceana, que forneceu o estaleiro para a construção, em consórcio firmado em 2019. Essas fragatas, que começaram a ser construídas em 2021, têm previsão de entrega de pelo menos quatro unidades até 2029.
Além de receberem um míssil antinavio (o MANSUP), também são equipadas com mísseis de curto e médio alcance, um canhão principal eficiente contra alvos aéreos e metralhadoras e canhões secundários para defesa de proximidade. São adequadas para guerras anti submarinas e contam com um sistema de radar AESA (Active Electronically Scanned Array) para detectar ameaças na superfície ou no espaço aéreo.
Veja, abaixo, o vídeo de lançamento do MANSUP.