CIÊNCIA

Santo Graal da Energia: cientistas falam em descoberta para por fim à era do petróleo

Pesquisadores do Laboratório de Física de Plasma de Princeton estudam energia capaz de substituir combustíveis fósseis

Técnico ajusta uma fibra óptica dentro da estrutura de suporte do pré-amplificador na National Ignition Facility, nos EUA.Créditos: Damien Jemison/LLNL
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Em um avanço que pode revolucionar a matriz energética global, pesquisadores do Laboratório de Física de Plasma de Princeton criaram um componente crucial para um reator de fusão nuclear. Essa tecnologia, considerada o 'Santo Graal' da energia limpa, promete uma fonte inesgotável e livre de emissões, capaz de substituir combustíveis fósseis como o petróleo.

Ao contrário das usinas nucleares tradicionais, que dividem átomos, o reator de fusão busca unir átomos, imitando o processo que ocorre no centro das estrelas. Essa tecnologia revolucionária promete energia limpa e abundante. O laboratório anunciou a conclusão da construção de dois ímãs de alta corrente para o reator NSTX-U. Esses ímãs, que compõem o feixe de bobina TF-OH, são fundamentais para o funcionamento do reator, atuando como o núcleo central que gera e controla o campo magnético necessário para o experimento.

A fusão nuclear, caso seja viabilizada em escala comercial, tem o potencial de alterar significativamente a matriz energética global. Ao fornecer uma fonte de energia virtualmente inesgotável e livre de emissões de carbono, essa tecnologia poderia reduzir a dependência de combustíveis fósseis. De acordo com o diretor do laboratório, Steve Cowley, essa conquista demonstra o compromisso da equipe em superar os desafios técnicos e científicos associados à fusão nuclear.

A fusão nuclear é um processo que busca reproduzir a reação que ocorre no interior das estrelas, onde átomos de hidrogênio se combinam para formar átomos de hélio, liberando grande quantidade de energia. Diferentemente da fissão nuclear, que divide átomos, a fusão utiliza átomos leves e produz resíduos radioativos em menor quantidade e com menor tempo de meia-vida.

Para que a fusão nuclear ocorra, é necessário criar condições extremas de temperatura e pressão, o que exige o desenvolvimento de tecnologias avançadas. Ímãs supercondutores, como os desenvolvidos pelo Laboratório de Princeton, são essenciais para conter o plasma, o estado da matéria necessário para a ocorrência da fusão.

Embora os avanços no desenvolvimento do reator de fusão nuclear sejam promissores, a viabilização comercial dessa tecnologia ainda depende da superação de diversos desafios técnicos e da realização de investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento. A construção de um reator de fusão em escala comercial requer avanços em materiais, infraestrutura e a colaboração de diversas instituições ao redor do mundo.

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