O CÉU NÃO É O LIMITE

Conheça o primeiro avião civil a quebrar a barreira do som após o Concorde

Voo experimental não tripulado partiu da Nova Zelândia e abre a possibilidade da volta de viagens com aeronaves supersônicas

Vista da asa do AuroraCréditos: Dawn Aerospace
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Após mais de 20 anos da aposentadoria do anglo-francês Concorde, em 2003, um avião civil voltou a ultrapassar a barreira do som em um voo.

A Dawn Aerospace anunciou que sua aeronave movida a foguete Aurora Mk-II, de 4,88 metros, atingiu a velocidade de Mach 1,1 (a marca de Mach 1 corresponde à velocidade do som) em teste realizado em 12 de novembro de 2024.

Pilotada remotamente, a nave experimental não tripulada partiu do Aeródromo Glentanner, na Nova Zelândia, e atingiu uma altitude de 82.500 pés (25.150 metros).

Segundo a companhia, o Mk-II Aurora quebrou ainda outros recordes por ser a primeira aeronave supersônica projetada e construída na Nova Zelândia, chegando à maior altitude alcançada no país e com a subida mais rápida para 66 mil pés (20 km), feito conquistado em apenas 118,6 segundos, 4,2 segundos melhor do que o recorde anterior, alcançado por um F-15 especialmente modificado na década de 1970.

Superando o Concorde

Desenvolvido em conjunto pelas empresas Aérospatiale e British Aircraft Corporation (BAC), o Concorde voou pela primeira vez em 1969 e esteve em operação de 1976 até 2003. Foi uma das únicas aeronaves comerciais da história capaz de atingir velocidades superiores a Mach 2, equivalente a mais que o dobro da velocidade do som.

Além de um acidente ocorrido com um Concorde da Air France depois da decolagem do Aeroporto Charles de Gaulle em julho de 2000, em Paris, o elevado custo operacional devido à capacidade reduzida de passageiros e ao alto consumo de combustível forçaram a aposentadoria da aeronave. O ruído intenso quando o avião ultrapassava a barreira do som também limitava suas rotas a travessias oceânicas.

Recentemente, várias startups têm trabalhado em projetos para criar uma nova geração de transportes supersônicos que sejam mais silenciosos, mais ecológicos, mais eficientes e econômicos em suas operações.

Agora, o objetivo da Dawn Aerospace com o Aurora é atingir velocidades de cerca de Mach 3,5 na borda do espaço, que é uma altitude de 100 km. Com o apoio do governo neozelandês, do Centro Aeroespacial Nacional Tawhaki e da Agência Espacial do país, a empresa procura estabelecer a Nova Zelândia como um centro global de testes hipersônicos.

Com informações de New Atlas

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