CIÊNCIA

Fóssil de 1 bilhão de anos revela segredo sobre a origem da vida

Pesquisadores da Universidade de Liége, na Bélgica, descobrem sistema crucial para vida na Terra

Microfósseis apresentam estrutura que indicam a oxigenação das cianobactérias
Microfósseis apresentam estrutura que indicam a oxigenação das cianobactériasCréditos: Catherine F. Demoulin et al.
Escrito en TECNOLOGIA el

Cientistas da Universidade de Liège (Bélgica) fizeram uma incrível descoberta que resolve um mistério sobre a origem da vida na Terra.

Eles descobriram estruturas fundamentais para a produção da fotossíntese oxigenada em microorganismos fossilizados datados de 1,7 bilhão de anos atrás.

Essa descoberta representa a evidência fóssil mais antiga desse processo metabólico vital que dá origem as nossas plantas, fundamentais para formas de vida mais complexa no nosso planeta.

Antes cientistas acreditavam que todas as primeiras formas de vida na Terra não necessitavam de oxigênio para sobreviver. Há 2,4 bilhões de anos, quando os níveis de oxigênio na atmosfera terrestre aumentaram significativamente pela primeira vez, e esse fóssil de 1,7 bilhões de anos possui a estrutura que dá a chave para entender como a vida com oxigênio surgiu no nosso planeta.

No novo estudo recentemente publicado na revista Nature da semana passada, vestígios de membranas tilacoides foram achados em microfósseis da espécie Navifusa majensis, que foram descobertos em rochas sedimentares na Austrália e no Canadá.

De acordo com os autores da pesquisa, as observações identificaram a espécie uma cianobactéria fossilizada.

A professora Emmanuelle Javaux explicou que "os tilacoides fósseis mais antigos conhecidos remontam a cerca de 550 milhões de anos", enfatizando que "essa descoberta amplia o registro fóssil dessas membranas internas em pelo menos 1,2 bilhões de anos" através de um comunicado publicado pela universidade.

"A vida microscópica é bela, a forma de vida mais diversa e abundante na Terra desde a origem da vida. Estudar o seu registo fóssil utilizando novas abordagens permitir-nos-á compreender como a vida evoluiu ao longo de pelo menos 3,5 mil milhões de anos. Algumas destas pesquisas também contam como procurar vestígios de vida fora da Terra!", conclui Emmanuelle Javaux.

 

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