Com comunicação interativa e adoção aprimorada de novos produtos e serviços, os aplicativos móveis tornaram-se sinônimo de estratégias de marketing.
Juntamente com o investimento em tráfego pago, mídias sociais, parcerias com influencers, criação de conteúdo, otimização para sistemas de buscas (SEO), compra de backlinks em portais de grande autoridade e campanhas de branding, surgiu, e vem se tornando cada vez mais relevante, a necessidade de oferecer aplicativos para consumidores se aproximarem com marcas, produtos, serviços e pessoas.
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Há aplicativos disponíveis para quase todos os tipos de necessidades humanas.
Com um app X é possível acompanhar a entrega de uma encomenda pelos Correios. Com outro, pode-se acompanhar a taxa real de juros, as flutuações do mercado financeiro, informações atualizadas sobre o câmbio e outros fatores relevantes para administrar investimentos e aplicações financeiras. O que não faltam aos usuários são opções.
Mercado Bilionário
O Statista Digital Market Outlook estima que a receita na maioria dos segmentos aumentará nos próximos anos e atingirá cerca de 613 bilhões de dólares americanos até 2025.
Até o momento, já existem 6,63 milhões de aplicativos entre o Google e a Apple App Store e a indústria de desenvolvimento de aplicativos móveis está evoluindo a uma velocidade vertiginosa, indicando que este número continuará crescendo ao longo dos próximos anos.
Principais tendências de desenvolvimento de aplicativos móveis em 2023
1. Ascensão do 5G
A tecnologia 5G já existe há algum tempo. Mas este ano, tornou-se um chavão.
As empresas de tecnologia começaram a incorporar o 5G em grande escala e já existem diversos dispositivos habilitados para 5G no mercado.
Até o próximo ano, espera-se que 660 milhões de smartphones tenham conexão 5G, o que representa cerca de 47,5% de todos os dispositivos.
O que a ascensão do 5G significa para os aplicativos?
A velocidade e a eficiência melhorarão significativamente. Algumas coisas que podem-se esperar:
- O 5G será até 100 vezes mais rápido que o 4G.
- A latência será reduzida de 50 milissegundos (4G) para 1 milissegundo.
- Com maior resolução, menor latência e desempenho mais rápido, os aplicativos de streaming de vídeo terão uma melhoria significativa.
- O 5G trará mais oportunidades para AR (Realidade Aumentada) e VR (Realidade Virtual), pois a integração dessas tecnologias no aplicativo será mais fácil.
- A transferência de dados entre dispositivos e smartphones será mais rápida e suave.
- O 5G permitirá que os desenvolvedores criem novos recursos sem afetar negativamente o desempenho do aplicativo móvel.
- Os pagamentos móveis serão mais rápidos e seguros devido ao processamento mais rápido de dados biométricos para identificação.
2. AR e VR
O sucesso do Pokemon Go pode ter sido temporário, mas abriu caminho para a Realidade Aumentada no desenvolvimento de aplicativos móveis, mostrando ao mundo que é possível usar a realidade virtual para oferecer uma experiência imersiva aos usuários.
Hoje, se olharmos ao redor, podemos encontrar muitos cenários em que as marcas usam AR e VR para a experiência do usuário .
- A Ikea usa AR para permitir que os usuários vejam como os móveis ficarão em sua casa antes de comprá-los.
- A L'Oreal tem um aplicativo de maquiagem virtual que permite aos usuários ver como a maquiagem fica em seus rostos.
- Lenskart permite que os usuários experimentem óculos virtualmente antes de comprá-los.
Até Apple, Google e Meta estão trazendo inovações em AR e VR.
O Google introduziu um recurso chamado “Live View” no Google Maps, onde os usuários podem ver a direção em tempo real em imagens do mundo real.
Este ano, veremos AR e VR moldando a indústria de desenvolvimento de aplicativos móveis de maneiras que nem podemos imaginar.
3. Integração de aplicativos vestíveis
Dispositivos vestíveis (wearables) já estão dominando o mundo.
De acordo com Statista, já existiam 453 milhões em 2017 e 929 milhões em 2022.
Alguns desses dispositivos, apesar de integrados com aplicativos e conectados com smartphones, não oferecem muitas funcionalidades além de dar play, pause ou pular uma faixa de música.
Outros, no entanto, podem ser utilizados em inúmeras funções, desde lembrar o usuário que ele precisa beber água a ajudá-lo a saber quantos passos precisa dar para perder 5 kg em 3 dias. Tudo isso, em um “simples” relógio, por exemplo.
Nos últimos meses, muitas coisas importantes aconteceram na indústria de dispositivos vestíveis.
A Apple anunciou a atualização do WatchOS 8. Ele trouxe novos recursos, novos mostradores de relógio, maior acesso à carteira e interface redesenhada para usuários de relógios da Apple.
Até o Google anunciou uma plataforma unificada de wearables que combina seu sistema operacional com a plataforma de software Tizen da Samsung.
4. Aplicativos de entrega de comida e supermercado
As pessoas começaram a depender fortemente de aplicativos durante a pandemia e como não poderia deixar de ser, a alimentação se tornou um dos principais movimentadores das plataformas digitais, fomentando uma infinidade de possibilidades para os usuários.
O aplicativo preço do gás foi um dos mais baixados pela população das classes D e E, enquanto o Ifood se tornou um dos aplicativos mais populares entre as classes B, C e D.
UberEats, Rappi e James Delivery são apenas mais alguns dos nomes dos aplicativos que levam comida para onde o usuário está, e é difícil encontrar alguém que não faça uso, ainda que esporádico, de um desses apps.
Como resultado, essas têm sido algumas das categorias de aplicativos de crescimento mais rápido ao longo dos anos.
- Espera-se que toda a indústria de aplicativos de entrega de alimentos atinja um tamanho de mercado de US$ 320 bilhões até 2029
5. Comércio móvel
O setor de comércio eletrônico é responsável por vendas no valor de US$ 3,56 trilhões, e 72,9% dessas vendas acontecem em dispositivos móveis.
Isso coloca as empresas de comércio eletrônico que não conseguem se adaptar em grande desvantagem.
Shoppe, Shein, Mercado Livre e outras gigantes do varejo nacional e internacional já se adiantaram nessa corrida e estão deixando muitas empresas (inclusive, de grande porte) para trás, pelo simples fato de estarem conseguindo se posicionar no lugar mais importante que uma loja poderia ocupar: a mão (e o bolso) do seu consumidor.