TECNOLOGIA

Telegram abusa de seu poder e dispara mensagem contra PL das Fake News

Rede, conhecida por abrigar escória bolsonarista e neonazistas, enviou comunicado contra PL das fake news para seus usuários

Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Na tarde desta terça-feira (9), milhões de usuários do Telegram no Brasil receberam um comunicado da empresa propagando pânico sobre o chamado PL das Fake News, o PL 2630, que busca regulamentar as redes sociais no Brasil.

Em nota, a companhia afirma que "a democracia está sob ataque no Brasil" por conta do projeto de lei, que busca responsabilizar legalmente empresas de tecnologia por conteúdos publicados na plataforma.

No fim de abril, o Telegram foi bloqueado no Brasil por medidas judiciais após recusar a enviar dados solicitados para uma investigação sobre grupos neonazistas no app.

Além disso, a empresa foi multada em R$ 1 milhão por dia em que não cumpriu a medida da Justiça. O app já está de volta no ar.

Agora, o Telegram pede aos seus usuários que pressionem deputados em seu favor no PL das Fake News para 

Na nota, a empresa alega, por exemplo, que "para evitar multas, as plataformas escolherão remover quaisquer opiniões relacionadas a tópicos controversos, especialmente tópicos que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder, o que coloca a democracia diretamente em risco". O problema é que o PL das Fake News não fala disso, mas apenas de ataques contra o estado democrático de direito, crimes já previstos na legislação, ou seja, garantir que a internet não seja uma terra sem lei.

A mensagem está sendo enviada para todos os usuários no Brasil:

Ao mesmo tempo, a empresa também diz que "o Brasil já possui leis para lidar com as atividades criminosas que esse projeto de lei pretende abranger (incluindo ataques à democracia)". Contudo, o próprio Telegram não as cumpre e, por isso, foi bloqueado no Brasil.

O Google também utilizou sua plataforma para propagar uma nota contra a lei, mas foi rapidamente intimado pelo Ministério da Justiça para retirar o comunicado, que era propaganda da empresa de tecnologia contra o projeto.