Uma pesquisa realizada pelas universidades da Califórnia e de Maryland, nos EUA, em parceria com centros de saúde locais dos dois estados, mostrou que os atendimentos realizados por “robôs”, ou seja, consultas atendidas por meio de ferramentas que usam Inteligência Artificial, são mais eficientes do que aquelas realizadas de forma remota com o emprego de um médico real, humano.
Batizado de “Comparação de respostas entre chatbots de médicos e Inteligência Artificial sobre perguntas de pacientes postadas em fórum público de mídia social”, o estudo usou como base 195 perguntas sobre condições clínicas submetidas ao software de Inteligência Artificial e que posteriormente foram apresentadas também a médicos considerados qualificados e devidamente aptos. O resultado surpreendeu.
Com as respostas da Inteligência Artificial e dos profissionais humanos nas mãos, os pesquisadores mostraram esses resultados a uma banca de outros médicos, todos especialistas e com vasta experiência. Foram 585 avaliações realizadas pelos dois lados do comparativo e para 78,6% dos médicos da banca as respostas da Inteligência Artificial foram melhores que a de seus colegas de carne e osso.
Outro ponto que chamou a atenção foi a “atenção” e a “empatia” das máquinas em relação aos médicos reais. Nas respostas da Inteligência Artificial foram usadas em média 211 palavras para um diagnóstico ou tratamento recomendado, enquanto que para os humanos esse número ficou em 52 palavras, o que revela uma relação mais íntima, atenta, detalhada e atenciosa dos computadores.
Quantitativamente falando, para os médicos especialistas e experientes da banca que fizeram as análises, os profissionais reais foram 41% menos empáticos que o software de Inteligência Artificial usado no estudo.