Com apoio imprescindível da mídia liberal, o governo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) venceu a disputa de narrativa nas redes sociais durante a greve dos servidores do Metrô, CPTM e Sabesp nesta terça-feira (3), segundo dados levantados pelo DataFórum entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro, com pico nesta terça-feira (3), dia da paralisação.
O estudo mostra que entre 991 publicações no Instagram e Facebook, com 483.742 reações e 61.783 comentários, 59,98% foram negativas ao movimento grevista, que tinha como principal pauta a contrariedade à privatização dos serviços de transporte público e da Sabesp pelo governo estadual.
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Do outro lado, 21,54% das reações foram positivas à paralisação e 18,48% neutras.
Publicações do governo paulista tachando a greve como ilegal e abusiva tiveram forte repercussão nas redes - e na mídia liberal e da extrema-direita, que apoia o governador.
"O impacto na mobilidade foi a principal crítica, seguida pela rotulação da greve como “política”. Houve debates sobre a liberação das catracas do metrô, mas uma decisão judicial proibiu essa ação, alegando riscos de tumultos e acidentes nas estações", explica Edgard Piccino, analista do DataFórum.
Entre as publicações que tiveram maior penetração nas redes está justamente a publicação do comunicado do governo de São Paulo no Instagram.
"Sobre a greve anunciada para esta terça-feira, 3 de outubro, pelos sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp, o Governo de São Paulo reforça que esta é uma greve ilegal e abusiva, a qual torna refém a população que precisa do transporte público. É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", diz o texto.
Já entre as publicações positivas para o movimento grevista está uma postagem da Fórum no Instagram, que mostra a tentativa de lacração do governador sobre os grevistas - e a humilhação sofrida por ele com críticas sofridas na rede.