Arqueólogos do Ministério do Turismo e da Antiguidades do Egito descobriram um cemitério com 3.500 anos de idade que contém um papiro do "Livro dos Mortos", famoso texto funerário da antiga religião egípcia.
A datação indica que o cemitério data do período do Novo Império (por volta de 1500 a.C e 1070 a.C). No local, segundo o comunicado das autoridades do Egito, estão múmias, amuletos e 'shabtis', figuras dedicadas a pessoas mortas.
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O cemitério está localizado em Tuna al-Gebel, entre o Baixo e o Alto Egito, remonta ao Novo Reino (por volta de 1550 a 1070 a.C.) e teve sua descoberta divulgada Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.
Conforme a publicação do livro pelos egiptólogos, esse pode ser um dos primeiros casos de descoberta do Livro dos Mortos junto de um cemitério.
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O papiro do "Livro dos Mortos" encontrado no cemitério tem cerca de 13 a 15 metros de comprimento. Arqueólogos do ministério têm escavado o local desde 2017, que já era sabidamente uma "cidade dos mortos" e recentemente descobriram o cemitério.
O "Livro dos Mortos" é um nome atualmente dado a uma variedade de textos que serviam a diversos propósitos, incluindo auxiliar os mortos na navegação pelo submundo. O nome que os antigos egípcios deram a esses textos é às vezes traduzido como o "Livro da Saída do Dia". Exemplares de trechos do "Livro dos Mortos" eram ocasionalmente enterrados com o falecido.
O que é o Livro dos Mortos?
O Livro dos Mortos do Egito é um conjunto de textos funerários que datam do período do Império Novo do Antigo Egito, por volta de 1580 a.C. a 1160 a.C. Ele não é um livro no sentido moderno da palavra, mas sim um compilado de feitiços, orações, hinos e fórmulas mágicas que, de acordo com as crenças egípcias, guiavam os mortos em sua viagem para o além.
Os textos que compõem o Livro dos Mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica e replicam diferentes comportamentos e rituais dos egípcios frente à morte.
É do Livro dos Mortos que surge o mito do "Pesar do Coração", também conhecido como a Cerimônia de Maat. Nesta cerimônia, o coração do falecido era pesado em uma balança, onde o coração era colocado de um lado e a pena de Maat (a deusa da verdade e justiça) do outro. S
e o coração fosse mais leve do que a pena, o falecido era considerado digno e poderia seguir para a vida após a morte. No entanto, se o coração fosse mais pesado, isso indicaria que o falecido tinha pecados não confessados e não poderia passar para o além.