Linha auxiliar da extrema-direita na fundamentação de teorias da conspiração para sustentar as teses de Jair Bolsonaro (PL) no Brasil, o canal Brasil Paralelo lidera a lista de anunciantes que fazem propaganda política no Google.
Segundo dados da própria plataforma, o canal ultradireitista, que sustenta, por exemplo, que o golpe de 64 que instaurou a Ditadura Militar no Brasil foi uma "revolução", é responsável por cerca de 30% do R$ 1,385 milhão em anúncios políticos, com gasto de R$ 410 mil entre 17 de novembro de 2021 até 17 de julho de 2022.
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Em seguida, vem o PSDB com R$ 214 mil e o PSB do Rio de Janeiro, com R$ 109. Ainda na lista dos partidos, estão o União Brasil (R$ 109 mil), o MDB (R$ 59,5 mil), o PP (R$ 31,5 mil), o União Brasil de Alagoas (R$ 30 mil) e o PT, com R$ 16,5 mil investidos em publicidade no Google.
O Google começou a exibir quanto ganha com anúncios políticos em junho deste ano, após um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral.
A divulgação é feita por meio do Relatório de Transparência de Anúncios Políticos, que reúne dados a partir de 17 de novembro de 2021. São considerados anúncios políticos aqueles que fazem referência a um partido político, um funcionário público eleito ou candidato.
O relatório leva em conta os anúncios contratados para aparecer na página de buscas, no YouTube (que pertence ao Google) e em uma rede de sites parceiros da empresa.