Levantamento DataFórum desta quarta-feira (08) mostra que o desaparecimento do servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na Amazônia, teve forte repercussão entre os grupos lulistas.
Além disso, os grupos lulistas lembraram o fato de que Bruno Pereira foi exonerado da Funai pelo então ministro da Justiça Sergio Moro. Segundo os grupos indigenistas, Pereira foi afastado após entrar em conflito com grupos ruralistas e garimpeiros próximos ao presidente Bolsonaro.
A derrota de Sergio Moro no Tribuna Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que recusou a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz, virou motivo de piada na internet. Moro não conseguiu provar à Justiça vínculo político e trabalhista em São Paulo.
Entre os grupos bolsonaristas teve forte repercussão os arroubos autoritários de Bolsonaro (PL) contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Suprem Tribunal Federal (STF). Além disso, o caso do deputado bolsonarista Fernando Francischini (União Brasil-PR) também repercutiu entre as comunidades da extrema direita.
Por sua vez, os lavajatistas repercutiram a declaração de Monark, que indicou voto em Bolsonaro como forma de protesto contra a imprensa. Na mesma linha, a declaração de Tiago Leifert, que afirmou não votar nem em Lula e nem em Bolsonaro, também foi disseminada entre as comunidades em questão.
Foram analisados 706.715 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.
Bolsonaristas comemoram ataques autoritários do presidente contra o TSE e o STF
Os bolsonaristas comemoraram os arroubos autoritários do seu líder em sua nova investida contra o TSE e o STF.
A proposta do Bolsonaro para os governadores zerarem o ICMS sobre os combustíveis repercutiu bastante na comunidade. Também teve destaque a defesa do Bolsonaro da liberdade de fazer fake news, ao abordar o caso Fransischini.
Lulistas lembram que Sergio Moro exonerou Bruno Pereira da Funai
A comunidade lulista repercutiu fortemente o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, inclusive com a recordação que foi Sérgio Moro quem assinou a exoneração do Bruno, por cumprir sua função de fiscalizar garimpeiros e madeireiros.
A proposta de zerar ICMS foi alvo de ironia e a derrota do Moro em relação ao seu domicílio eleitoral em SP foi comemorada.
Lavajatistas apostam na narrativa anti-Lula e anti-Bolsonaro
Lavajatistas apostam na narrativa de não haver opção entre Lula e Bolsonaro, mas já indicando que podem votar em Bolsonaro. É o caso de Monark, ex-apresentador do Flow Podcast e acusado de apologia ao nazismo, que indica voto de protesto em Bolsonaro para prejudicar a imprensa que, segundo ele, o persegue.
A fala de Tiago Leifert sobre não haver opção entre Lula e Bolsonaro foi destacada nesta comunidade. Moro usou de ironia para falar do programa de governo do PT para a segurança pública.
Participação de Ciro Gomes no Flow Podcast repercute entre as comunidades pedetistas
O cirismo destacou a participação de Ciro Gomes no Flow Podcast. Comentaram que Ciro participou do programa durante 5 horas, o que demonstraria seu preparo.
Os ataques a Lula ficaram por conta de Mangabeira Unger, que afirmou ser Lula o responsável por nosso caos atual e não a sua solução.