ELEIÇÕES 2022

DataFórum: plano de Guedes e Bolsonaro para congelar salário e aposentadoria gera revolta na internet

Comunidades bolsonaristas intensificam ataques contra o Supremo Tribunal Federal

DataFórum: plano de Guedes e Bolsonaro para congelar salário e aposentadoria gera revolta na internet.Créditos: Antônio Cruz/Agência Brasil
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Levantamento DataFórum deste sábado (22) mostra que a revelação do chamado "marco econômico" elaborado por Paulo Guedes para um eventual segundo mandato de Bolsonaro (PL) e que estabelece a desindexação do salário mínimo e das aposentadorias da inflação gerou revolta na internet e permaneceu como um dos principais assuntos no Twitter. 

Na nova proposta econômica, Paulo Guedes propõe o fim da correção pela inflação passada do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. A ideia é apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) no dia seguinte ao segundo turno. 

 

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Segundo informações da Folha de S. Paulo, que teve acesso ao plano econômico de Guedes, a proposta estabelece que o salário mínimo e os benefícios previdenciários "deixam de ser vinculados à inflação passada [...] a nova regra considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação". 

Com a mudança proposta por Guedes, abre-se a possibilidade de uma correção do salário mínimo e dos benefícios previdenciários abaixo da inflação. Ou seja, o plano de Guedes prevê uma não atualização do salário mínimo, diminuindo ainda mais o poder de compra das famílias brasileiras. Bolsonaro e Guedes pretendem congelar o salário e as aposentadorias. 

Além da repercussão do novo "marco econômico" de Guedes e Bolsonaro, que causou revolta nas redes, a participação da senadora Simone Tebet (MB) do comício do ex-presidente (PT) também foi um dos principais assuntos. As declarações de Tebet geraram alto engajamento nas comunidades pró-Lula, que tiveram 53% das menções no Twitter. 

Por sua vez, a comunidade pró-Bolsonaro intensificou os ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e também acusaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de censura e perseguição aos perfis da extrema direita. A comunidade pró-Bolsonaro obteve 38% das citações no Twittter. 

Foram analisados 2.983.985 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, cirogomes, @cirogomes, lula, bolsonaro, ciro, @simonetebetbr, simonetebetbr, "simone tebet", @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_, PDT_Nacional, @PDT_Nacional, MDB_Nacional, @MDB_Nacional

 

 


Comunidade lulista critica plano de Guedes e Bolsonaro que visa congelar salário e aposentadorias 

 

O principal destaque da comunidade pró-Lula ontem continuou sendo o plano do Guedes para desindexar o salário mínimo e aposentadorias da inflação, que rendeu diversas postagens entre as de maior alcance.

Felipe Neto esteve entre os mais compartilhados denunciando a falsa alegação de censura por bolsonaristas, que querem liberdade total para veicular mentiras. Absurdos sobre o Governo Bolsonaro estiveram entre os destaques, bem como a fala da Simone Tebet em Juiz de Fora. 

 


Bolsonaristas intensificam ataques contra STF 

 

No bolsonarismo a guerra contra o TSE e o Alexandre de Moraes continua em alta e rendendo bastante engajamento. Bolsonaro divulgou inverdades sobre a “economia nos trilhos” em vídeo e influenciadores da comunidade insistiram na associação da imagem de Lula à criminalidade. 

Carmen Lúcia foi um dos alvos dos ataques e o ex-juiz suspeito Sérgio Moro reclamou da contestação na justiça do seu verdadeiro domicílio eleitoral. Bolsonaro comemorou a participação no podcast Inteligência LTDA. Bolsonaro proferiu diversas mentiras contra Lula e afirmou que contra o PT basta a verdade.

 


Cultura de Rede 

 

Na comunidade de cultura de rede internautas manifestaram indignação com pessoas que votam no Bolsonaro e revelaram a hipocrisia dos seus apoiadores, inclusive mostrando cultos à imagem do Bolsonaro entre evangélicos.

Também houve comentários sobre o volume gigantesco de propagandas do Bolsonaro no Youtube. Essa comunidade teve 6% de menções no Twitter.