Na edição mais recente do boletim do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), divulgada no início da tarde desta terça-feira (18), foi reportado que o nível do lago Guaíba em Porto Alegre estava subindo e poderia atingir a cota de alerta. Na manhã desta quarta-feira (19), vários pontos da cidade já começaram a enfrentar novos alagamentos.
Imagens divulgadas pelo MetSul Meteorologia mostram que bairros como São Geraldo e Navegantes e avenidas como a Cairu entre a Voluntários e a Presidente Roosevelt e outras vias públicas estão completamente tomadas pela água, dificultando a passagem de pedestres e carros.
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O nível do Guaíba está próximo da cota de alerta de 2,50 metros no Cais Mauá. Segundo medição da régua da empresa TideSat, o cais registrava 2,45 metros e a tendência era de aumento. “Já era prevista porque está chegando à área de Porto Alegre a vazão da chuva ocorrida no fim de semana nas bacias dos rios contribuintes”, informa o serviço de meteorologia.
As enchentes também ocorrem devido à paralisação da casa de bombas de São Geraldo, de acordo com o MetSul. Na última segunda-feira, a Defesa Civil municipal emitiu um alerta preventivo para risco de inundações nas regiões do arquipélago e no extremo sul da capital gaúcha. O alerta era válido até as 12h desta quinta-feira (20).
RS alvo de ‘microexplosões’ climáticas
Fortes tempestades atingiram o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná no último domingo (16). Um aviso prévio já havia sido divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, com validade estendida até esta manhã. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estavam previstas chuvas intensas com precipitação de até 100 mm, granizo e ventanias de até 100 km nessas áreas, além de risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.
Em municípios, como o de São Luiz Gonzaga, por exemplo, uma cidade de aproximadamente 34,7 mil residentes no Noroeste do Rio Grande do Sul, um forte temporal acompanhado de granizo provocou estragos em diversos locais. O fenômeno foi caracterizado pela Defesa Civil como uma “microexplosão”, um evento onde intensas precipitações ocorrem em um intervalo breve devido à sobrecarga de água nas nuvens.
"Tornado, microexplosão, macroexplosão e dowburst são basicamente correntes de ar extremamente fortes que se desprendem da base de algumas nuvens cumulonimbus”, informou a Climatempo. De acordo com o serviço de meteorologia, as nuvens cumulonimbus são capazes de gerar fenômenos meteorológicos severos, como chuvas intensas, granizo, raios e fortes rajadas de vento. Estes eventos podem se manifestar na forma de tornados ou downbursts, que incluem microexplosões e macroexplosões. Leia mais nesta matéria da Fórum.