A tragédia que assola o Rio Grande do Sul neste momento não é um caso isolado. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2023, os desastres climáticos afetaram 37,3 milhões de pessoas em todo Brasil e causaram 258 mortes e deixaram 126.345 desabrigados e 717.934 desalojados. Esses eventos climáticos extremos causaram R$ 105,4 bilhões de prejuízos no país.
LEIA TAMBÉM: Com falta d’água, hospitais fechados e barragens ameaçadas, número de mortos sobe para 78 no RS
Te podría interesar
Neste domingo (5), a CNM divulgou nota na qual manifesta profundo pesar diante das severas adversidades enfrentadas pelo povo gaúcho, onde tempestades recentes causaram perdas de vidas, moradias, comércio local, indústria, agricultura, entre outros danos irreparáveis e prejuízos financeiros superiores a R$ 559,8 milhões em apenas uma semana.
"Infelizmente, ao longo dos últimos anos, são inúmeros os Municípios que foram impactados por desastres e nunca conseguiram se reconstruir por falta de apoio financeiro. De 2013 a 2023, 94% dos Municípios registraram ao menos um decreto de anormalidade em decorrência de desastres", diz a nota.
A situação, que se estende a 330 municípios gaúchos, observa o texto da CNM, evidencia uma crise contínua na gestão de desastres no país, com muitas localidades ainda lutando por reconstrução devido à insuficiência de suporte financeiro. Desde 2013, 94% dos municípios brasileiros registraram ao menos um decreto de calamidade.
A CNM aponta que o Ciclone Extratropical de setembro de 2023 foi particularmente devastador, resultando na morte de 51 pessoas e danos econômicos que superaram os R$ 3 bilhões.
A nota informa que a CNM está engajada em diálogos com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil em busca de acelerar o reconhecimento de situações de emergência e a extensão de prazos para a prestação de contas pelos municípios afetados.
Em um cenário onde desastres impactaram mais de 37 milhões de pessoas no Brasil em 2023, causando perdas totais de R$ 105,4 bilhões, a CNM destaca a urgência de uma ação coordenada entre União, Estados, Municípios e os três poderes, a fim de adotar medidas efetivas de prevenção e reconstrução.
"O momento, sem dúvida, é de pressa para salvar as pessoas que encontram-se ainda em situação de risco de vida. Mas o momento é também de urgência para que medidas concretas sejam adotadas em nosso país. É preciso uma ação federativa coordenada e que envolva União, Estados, Municípios, e os três Poderes. Os gestores municipais não podem mais ficar sozinhos em meio a essas tragédias. Não se pode mais aceitar mês após mês situações como essa vivenciada pela nossa população", finaliza a nota assinada pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski
Leia a nota na íntegra aqui.