TRAGÉDIA NO RS

Filho de 11 anos grava pai chegando com doações sob frio e forte chuva no RS: “Orgulho”

Vídeo mostra que moradores do município de Agudo seguem ilhados e com dificuldades para buscar itens de necessidade básica

Altair Fernando Pape, pai de Leonardo.Créditos: Reprodução de vídeo
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As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias causaram transtornos e inundações em diversas cidades do estado. No município de Agudo, por exemplo, no centro do estado, moradores ainda estão ilhados e têm registrado vídeos nas redes sociais mostrando os desafios e as dificuldades enfrentadas com a situação.

Um deles, que viralizou nas redes, é de um pai que caminha na chuva com uma cesta básica. A família, residente na Linha Boêmia, uma das áreas mais atingidas pelas inundações, relata os desafios para conseguir alimentos e outros itens de necessidade básica. Na residência em Agudo, moram Altair Fernando Pape, sua esposa e seus dois filhos, um de 11 anos e um bebê recém-nascido. A família está ilhada com o nível elevado da água, que torna impossível o acesso por terra.

O vídeo foi gravado pelo seu filho Leonardo, de 11 anos, que mostra a caminhada do pai pela água até um local onde ele conseguiu comprar alimentos. As imagens comoventes mostram a dificuldade das famílias para conseguir o sustento diário em meio à forte onda de frio que atinge a região e as constantes chuvas. Assista:

Na filmagem, Leonardo narra a situação. “O pai vem de lá (cidade) até aqui caminhando com aquilo nas costas. Ele não tem guarda-chuva, não tem nada, mas dá para ter orgulho de um pai assim. Isso sim que é um pai”, diz a criança. Ao retornar para casa após conseguir alimentos para sua família, ele é questionado pelo filho se se molhou muito na chuva. 

Crédito: Prefeitura de Agudo/RS

Com um sorriso no rosto, ele exclama: "Mas vale a pena. Tem até produto de limpeza! Essas pessoas que estão doando estão de parabéns, ajudando muita gente. E eu agradeço as pessoas que doaram. Que Deus abençoe as pessoas que estão sempre doando. E ainda tem gente que precisa mais que a gente."

*Com informações do Diário de Santa Maria