A cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem no segundo turno a disputa entre candidatos do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto um tenta voltar à prefeitura, o outro concorre pela primeira vez em uma eleição.
Fernando Marroni (PT) tenta retornar ao cargo que ocupou entre 2001 e 2005. Ele também foi deputado federal e deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. Já o empresário Marciano Perondi (PL) é catarinense e mora desde janeiro de 2023 na cidade, sendo novato em processos eleitorais.
Te podría interesar
Segundo pesquisa do Instituto Travessia Diagnóstico Ltda, contratada pelo Brasil de Fato RS e divulgada nesta terça-feira (22), Marroni lidera com 45,25% das intenções de voto, com Perondi chegando a 39,75%. Votos em branco e nulos somam 8,25% e 6,75% afirmaram estar indecisos.
A sondagem ouviu 600 pessoas em Pelotas entre 17 e 20 de outubro e a margem de erro é de quatro pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RS-09051/2024.
Te podría interesar
PT e PSDB do mesmo lado em Pelotas
No primeiro turno, Marroni terminou à frente com 39,60%, com Perondi anotando 31,67%. O candidato do PSDB, Fernando Estima, apoiado pela prefeita Paula Mascarenhas, também tucana, ficou em terceiro lugar.
Embora o PSDB tenha liberado seus filiados para votarem de acordo com "suas convicções e consciências" no segundo turno, a prefeita divulgou nota na última terça-feira (15) expressando seu voto no petista.
"Escolho o campo democrático, que é o nosso, escolho o caminho mais seguro, conhecendo a complexidade da gestão municipal e já tendo sofrido as consequências dos riscos conhecidos e daqueles inesperados que ameaçam nosso planeta e nossa sociedade", disse ela. "Há alguns valores que nunca abandonei e dos quais jamais abrirei mão: democracia, ética, respeito ao pensamento divergente, supremacia do interesse público."
Também ex-prefeito de Pelotas, o atual governador tucano Eduardo Leite, em entrevista concedida na sexta-feira (18) à CNN, também declarou voto em Marroni.
“Da minha parte, o PSDB se manterá um partido de oposição ao PT, mas não acho que é simplesmente vencer o PT, como alguns dizem, porque não é qualquer coisa menos o PT. Qualquer coisa nós não aceitamos, qualquer coisa nós não toleramos. Nós queremos o que é melhor, e num segundo turno, quando há duas opções, se não concordamos com nenhuma delas, o que entendamos como menos pior. No caso do meu município, eu vejo um caminho que pelo menos dialoga, constrói, conhece as políticas públicas entre os dois candidatos que estão no segundo turno”, afirmou.