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SC: Entenda o que aconteceu com bebê de 8 meses que apresentou sinais vitais em velório

Segundo informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), causa da morte comunicada aos pais diverge daquela registrada na declaração de óbito

Bombeiros levaram bebê de 9 meses que estava sendo levado ao hospital.Créditos: Reprodução
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A bebê de 8 meses, Klara Crislayne de Moura dos Santos, retirada do velório em Correia Pinto após movimentar a mão, havia recebido diagnóstico de virose ao dar entrada no hospital, segundo informações preliminares do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A investigação tenta esclarecer a divergência entre a causa da morte comunicada aos familiares e a registrada oficialmente.

O óbito da bebê foi registrado pelo hospital às 3h da madrugada de sábado. O velório teve início logo em seguida. No entanto, por volta das 18h, familiares e amigos perceberam que a criança apresentava sinais de vida após mexer a mão. A menina foi prontamente encaminhada ao hospital, onde, infelizmente, o óbito foi confirmado novamente.

Segundo o MPSC, o pai da bebê relatou que ela foi diagnosticada com virose na quinta-feira (17) e liberada do hospital. No entanto, a menina voltou a passar mal e faleceu na madrugada de sábado. A causa da morte informada à família, asfixia por vômito, difere da registrada na declaração de óbito, que aponta desidratação e infecção.

O que diz MPSC

O MPSC requisitou um exame cadavérico detalhado para determinar a hora exata do óbito e suas causas. Além disso, solicitou o prontuário médico da criança e os depoimentos de todos os envolvidos, incluindo médicos, pais e testemunhas. O órgão acompanhará de perto a investigação para apurar possíveis negligências.

"É precipitado, no momento, tirar qualquer conclusão sobre o caso antes da realização dos laudos, mesmo porque, apesar da presença de poucos batimentos cardíacos até o retorno da criança ao hospital, os bombeiros também constataram outros sinais compatíveis com a morte, como pupilas dilatadas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo", declarou.

O que diz hospital

A Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli atendeu a bebê em duas ocasiões no mesmo dia. De acordo com a prefeitura, a criança deu entrada no hospital pela primeira vez às 3h da manhã, quando o óbito foi constatado pela equipe plantonista. No entanto, por volta das 19h, a menina foi levada novamente ao hospital pelos bombeiros, apresentando sinais de saturação de oxigênio. Após novo atendimento médico, o óbito foi confirmado mais uma vez. A Polícia Científica foi chamada para "realizar a análise e emitir o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias".

O que diz funerária

O proprietário da Funerária São José, Áureo Arruda Ramos, relatou ao g1 que foi chamado para atender o caso por volta das 4h20 de sábado. "A gente recebeu atestado de óbito do médico, doutor me passou. Lá a gente passa na porteira do hospital, faz o protocolo de recebimento da D.O. [declaração de óbito], assina o nome do agente funerário, nome de quem retirou, o nome da criança e o nome da funerária que recebeu isso e levamos para a funerária", contou Áureo.

"A família foi em casa buscar roupa. Trouxeram a roupa, deu um banho nela. Não tem a mesma preparação de um adulto. Vestiu a roupa, colocamos na urna. Por volta de 6h15 mais ou menos o corpinho estava pronto. Foram chamar a avó da bebê, que mora próximo do interior. Ficamos com a bebê. O velório começou às 7h".

"Eu recebi uma ligação quando estava próximo a Correia Pinto dizendo que achavam que a bebê estava viva porque puxava a mãozinha do bebê. Parece que o bebê puxava uma mão, apertava a mão", completou o proprietário da funerária.

O que diz prefeitura

Confira a nota completa:

“A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a familia de Kiara Crislayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança.

Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito.

Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade.”

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