Suspeito de assassinar a esposa por envenenamento, o médico Luiz Antonio Garnica foi preso temporariamente em Ribeirão Preto, município do interior de São Paulo. A mãe dele, Elizabete Arrabaça, também foi detida por estar supostamente envolvida no crime.
Larissa Rodrigues, que era professora de pilates, morreu em março e seu corpo foi encontrado pelo médico no apartamento onde morava o casal.
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O laudo toxicológico concluiu que a causa da morte foi envenenamento, depois que a substância conhecida como “chumbinho” foi encontrada no corpo da vítima.
No decorrer das investigações, Luiz Antonio e a mãe, de 68 anos, passaram a ser considerados suspeitos. O médico foi detido em seu local de trabalho. Elizabete passou mal na delegacia e precisou ser socorrida pelo Samu. Em seguida, foi transferida para um hospital, de onde já recebeu alta. A mãe do médico voltou à Central de Polícia Judiciária onde aguarda a audiência de custódia.
A grande novidade do caso é que a Polícia Civil abriu nova frente de investigação a respeito da morte da irmã de Luiz Antonio, Nathalia Garnica. Ela morreu em fevereiro de 2025, supostamente de infarto.
Porém, o delegado responsável pelo caso, Fernando Bravo, revelou, durante entrevista coletiva, que as mortes das duas mulheres – Larissa e Nathalia - foram muito semelhantes. Por isso, ele passou a apurar a possibilidade de outro envenenamento.
Veneno em doses
O delegado informou, ainda, que Larissa havia relatado a amigas que andava se sentindo mal, com sintomas como diarreia, toda vez que encontrava com a sogra, o que sinaliza no sentido de que o veneno teria sido administrado ao longo da semana.
Ainda segundo as investigações, Elizabete Arrabaça teria telefonado para uma amiga proprietária de fazenda, questionando se ela tinha a substância. O delegado disse, ainda, que a mãe do médico ainda indagou onde poderia comprar o "chumbinho" 15 dias antes da morte de Larissa.
Segundo Fernando Bravo, o suspeito encontrou a esposa já com rigidez cadavérica e tentou limpar o apartamento para sumir com pistas que pudessem ligá-lo à morte da esposa. “A participação dele ficou bem evidente para nós”, resumiu o delegado.
Relação extraconjugal
Um dia antes da morte de Larissa, o médico teria ido ao cinema com a amante. No momento em que a polícia chegou ao apartamento para cumprir mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram a mulher no local. Por isso, ela também passou a ser investigada.
Aparelhos celulares da vítima, do médico, da mãe dele e da amante foram recolhidos e estão sendo analisados. O objetivo dos investigadores é descobrir a motivação do crime, que ainda não foi esclarecida.
Quem é o médico suspeito
Luiz Antonio Garnica é médico do esporte. Formou-se na Universidade de Ribeirão Preto, a Unaerp, em 2011, conforme informou o Conselho Federal de Medicina.
Ele se especializou em ortopedia e traumatologia. Nas redes sociais, afirma trabalhar nas áreas de hipertrofia, emagrecimento, saúde hormonal, doenças crônicas e envelhecimento saudável.
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