Ricardo Molina é um perito criminal aposentado, de 71 anos, especialista em fonética forense. Ele ficou famoso nos anos 90 pela atuação em casos de repercussão nacional como o de PC Farias, que em seguida desdobrou no impeachment do então presidente Fernando Collor, e do Massacre de Eldorado dos Carajás. Além disso, também é professor da Universidade de Campinas (Unicamp). Molina é investigado pela Polícia Civil de São Paulo por agredir e ameaçar a ex-companheira Janinne Jasem, de 28 anos, e de urinar na sua Bíblia.
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Tudo aconteceu em março passado e a mulher fez questão de registrar os ataques. Uma série de vídeos gravados por Janinne e publicados nesta quinta-feira (20) pelo portal Metrópoles, mostram as agressões. Em um deles, Molina aparece todo sujo, com as calças arriadas, e uma tarja para esconder suas genitálias, urinando sobre a Bíblia da ex.
“Isso vai me dar um grande prazer. A Bíblia da mulher. A que ensina ela a chupar um pau, mas ela não aprendeu. Então eu vou mijar em cima da Bíblia, e depois vou cagar, porque só mijar é pouco. E depois ela vai me processar e vamos passar um ano discutindo. Mas não é só mijo, é sangue”, diz Molina, em tom irônico, ao retirar a mão direita toda ensanguentada de dentro das calças.
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“Eu vou colocar isso na internet, está transmitindo ao vivo”, diz Janinne. Molina rebate: “Vou colocar você rebolando a bunda em Anápolis”. “Pode colocar, não fiz nada demais, só dancei, e você está mijando em uma Bíblia”, respondeu a mulher.
Em outra imagem, também divulgada por Janinne, ela tentava recuperar alguns pertences na casa onde morava com Molina em Campinas, no interior de São Paulo, quando o homem se descontrola e começa a quebrar uma porta de vidro aos pontapés. Em outro vídeo, Molina é filmado arremessando bolsas, sapatos e outros pertences da ex, enquanto grita: “Morre, vagabunda! Vou mijar na sua cova”.
De acordo com o depoimento de Janinne à Polícia Civil de São Paulo, as agressões começaram em 2021 e foram escalando desde então. O divórcio só veio em outubro de 2022. Horas antes da gravação dos vídeos, o ex-casal marcou para conversar em um restaurante. Mas a conversa terminou em agressão. Molina teria tomado bolsa e celular da vítima, mas acabou devolvendo após tentativa de apartar a briga por parte dos funcionários do estabelecimento. Foram embora juntos, e as ameaças e ofensas seguiram ocorrendo no caminho. Ao chegarem em casa, os vídeos foram gravados.
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Agora, um inquérito baseado na Lei Maria da Penha foi aberto para investigar o caso como violência doméstica. Janinne, que também pediu medidas protetivas contra o ex, já prestou seu depoimento. Molina deve ser intimado a fazer o mesmo nos próximos dias.
Ao portal Metrópoles, o perito aposentado afirmou que a ex seria uma pessoa mentirosa, aproveitadora e sofre de transtorno borderline. “Ela tem um amante desde 2020. O que ela tem é narrativa para cativar feminista. Registrei uma queixa-crime e ela será investigada”, declarou.