TRAGÉDIA

Litoral de São Paulo tem alerta de novos temporais; número de mortos passa de 40

O governo paulista divulgou rotas de saída para quem está ilhado em localidades fortemente afetadas pelas tempestades

Litoral de São Paulo tem alerta de novos temporais; número de mortos passa de 40.Créditos: Divulgação/Defesa Civil de SP
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Neste final de semana temporais castigaram o litoral o norte e sul de São Paulo. Vídeos de moradores e turistas que estavam nas regiões afetadas dá mostras do tamanho da tragédia. 

Segundo informações da Defesa Civil, até este momento foram contabilizadas 48 mortes, sendo que 47 delas foram em São Sebastião e uma em Ubatuba. 

A Defesa Civil também informa que o número de desaparecidos subiu para 57 e os trabalhos de busca estão concentrados nos bairros da costa sul da cidade de São Sebastião: Vila do Sahy e e na praia de Juquehy. A ação de resgate prossegue nesta quarta-feira (22). 

O governo de São Paulo divulgou na noite desta terça-feira (21) orientação de rotas de saída para aqueles que estão nas praias atingidas temporais.


Previsão 

 

O Climatempo publicou um novo alerta de pancadas para chuva no litoral norte e Baixada Santista de São Paulo. 

Está previsto, até sexta-feira (24), cerca de 200 mm de chuva para o litoral norte e a Baixada Santista. Por causa das chuvas que já caíram, o solo está muito encharcado e, por conta disso, está vulnerável e há risco de novos deslizamentos. 

As pancadas de chuva devem se concentrar no período vespertino e noturno e podem acumular, em média, volumes da ordem de 30 a 500 mm. 

 

 


Fenômeno das tempestades violentas 

 

Levantamento feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostra que a tempestade que destruiu parte do litoral norte de São Paulo não é um evento isolado. 

Segundo o Cemaden, desde outubro de 2021 foram registrados, oficialmente, 11 desastres causados por temporais no país. Quase 500 pessoas morreram em enchentes ou deslizamentos de terra e pedra em pouco mais de um ano. Esse número não leva em conta as vítimas de São Sebastião e Ubatuba. 

O Brasil possui hoje, aproximadamente, 40 mil áreas de risco, onde vivem mais de 10 milhões de brasileiros, segundo o Cemaden.