As imagens são chocantes. Gravadas por câmeras de segurança do Hospital de Emergência de Resende, no interior do Rio de Janeiro, mostram o momento que um carro preto, com o porta-malas aberto, invade a recepção da instituição, destruindo completamente a vidraça da entrada e causando pânico em pacientes que aguardavam atendimento.
O veículo invade o interior do hospital enquanto os pacientes rapidamente e desesperadamente se esforçam para sair do seu caminho. A motorista, uma mulher, então desce do veículo em fúria, e discute com os servidores.
Te podría interesar
O caso ocorreu na tarde da última quarta-feira (20), a autora foi presa em flagrante e passa por audiência por custódia nesta quinta (21). Conforme apuração da Polícia Civil e dos meios de comunicação, ela estava muito revoltada com o atendimento dado à irmã, que sofre de obesidade.
Ambas já tinham ido ao local mais cedo, perto do meio dia, por conta de uma contusão no joelho da irmã. Os médicos a examinaram e constataram escoriações, tendo medicado a paciente e a liberado.
Te podría interesar
Horas depois do atendimento, a irmã voltou a sentir dores, a família constatou que seria uma fratura e que necessitaria de cirurgia – o que ainda não foi confirmado pelo hospital.
O Samu então foi chamado. E conforme contou à imprensa o delegado Michel Floroschk, que cuida do caso, a unidade do Samu estava atendendo outra ocorrência e avisou que demoraria um pouco mais que o normal. Foi o suficiente para disparar a fúria da motorista. Ela não queria esperar. Desesperada, colocou a irmã no porta-malas do carro e pegou a Via Dutra (rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro e passa por Resende) rumo ao hospital.
“Quando ela sai de casa, já sai com essa intenção. Então, a intenção não era apenas socorrer a irmã. A intenção era descontar toda a sua raiva no hospital, colocando em risco diversas pessoas que estavam ali”, declarou o delegado.
Ninguém ficou ferido com gravidade após o incidente e a própria equipe do hospital limpou os estilhaços e seguiu com os atendimentos, sem interrupção. Sobre o atendimento à irmã que motivou toda a ocorrência, o hospital prometeu abrir uma sindicância para apurar se houve negligência no primeiro atendimento.