CRISE CLIMÁTICA

O que provocou as ondas gigantes que arrastaram banhistas no Rio de Janeiro

Entenda por que o litoral carioca foi palco de ondas extraordinárias e saiba como se proteger

Créditos: Reprodução/Twitter
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O Rio de Janeiro experimentou um domingo (5) de sol, mas também de mar agitado que resultou em estragos na orla da Zona Sul. O mar invadiu o calçadão e a ciclovia nos bairros do Leblon e de Ipanema, levando a situações impressionantes, capturadas em vídeos que circulam nas redes sociais. A Marinha do Brasil emitiu um alerta preocupante, anunciando que ondas de até 3,5 metros de altura podem atingir o litoral da cidade até o fim da segunda-feira (6).

O que leva a essa incrível exibição da força do oceano? A resposta reside na ressaca marítima. Esse fenômeno natural ocorre quando há uma elevação anormal do nível do mar na costa, acompanhada por ondas excepcionalmente altas. A ressaca marítima pode provocar inundação costeira, erosão e até mesmo a destruição de estruturas em casos extremos. Mas por que isso acontece?

A ressaca marítima é frequentemente desencadeada por eventos climáticos adversos, como tempestades, ventos fortes, ciclones e furacões. No caso do Rio de Janeiro, um sistema de alta pressão estava influenciando o tempo na cidade, e o resultado foi a agitação intensa do mar. O movimento vigoroso das ondas, que chegam a quebrar sobre si mesmas, cria esse espetáculo impressionante e, por vezes, perigoso.

Impactos das ondas gigantes

O impacto dessa ressaca marítima não se limita apenas a imagens espetaculares e à interrupção da tranquilidade das praias cariocas. O mar agitado pode resultar em estragos na infraestrutura costeira, levando à invasão de avenidas, calçadões e ciclovia, como visto no Leblon e em Ipanema. Além disso, as ondas gigantes representam uma ameaça real à segurança das pessoas, como evidenciado pelo trágico afogamento de três indivíduos no domingo.

A Marinha do Brasil emitiu um alerta para que todos estejam cientes do perigo, e os bombeiros continuam a desempenhar um papel crucial na busca de pessoas desaparecidas e no resgate de afogados.

O cenário climático futuro traz alguma esperança, com a previsão de redução da nebulosidade na cidade e ventos fracos a moderados nos próximos dias, permitindo um breve respiro das ondas gigantes. No entanto, o clima pode trazer surpresas, como indicado pela possibilidade de pancadas de chuva na quinta-feira (9).

À medida que o Rio de Janeiro enfrenta esse capítulo de ressaca marítima, a Prefeitura do Rio recomenda à população que evite o banho de mar durante esse período crítico, assim como a prática de esportes no mar. Além disso, é aconselhável não permanecer em mirantes à beira-mar ou em locais próximos ao oceano. E, se as ondas estiverem atingindo a ciclovia, é desaconselhável trafegar de bicicleta na orla.