Após o chocante assassinato de três médicos na orla da Barra da Tijuca, a maior facção criminosa em operação no estado do Rio de Janeiro voltou a chamar a atenção da mídia ao executar quatro traficantes suspeitos de envolvimento na morte dos profissionais de saúde. A prática de "julgamentos" realizados por traficantes deste grupo não é novidade, remontando a um caso ocorrido há 18 anos, quando um incêndio em um ônibus deixou cinco mortos, incluindo um bebê de apenas 1 ano.
O incidente de 2005 ainda está gravado na memória da população carioca, quando um ônibus da linha 350 que fazia o trajeto Irajá—Passeio foi incendiado no bairro da Penha, Zona Norte. Durante o ataque, um criminoso pulou a roleta do ônibus com uma garrafa plástica contendo combustível, iniciando um incêndio que resultou em cinco mortes e 16 feridos. O crime chocou a opinião pública e foi atribuído a traficantes da Favela Pára-Pedro como uma retaliação à morte de um de seus membros em um confronto com a Polícia Militar. Os corpos dos quatro criminosos envolvidos no incêndio foram encontrados posteriormente em um carro abandonado perto do Viaduto da Penha.
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De maneira semelhante, a recente execução de quatro traficantes suspeitos de envolvimento no assassinato de três médicos na Barra da Tijuca parece seguir o mesmo padrão. Segundo a polícia, os criminosos teriam confundido um dos médicos com um rival em uma disputa com milicianos na região. O ataque ocorreu em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, resultando na morte dos médicos Perseu Ribeiro de Almeida, Diego Ralf Bomfim e Marcos de Andrade Corsato. Um quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, sobreviveu aos disparos e permanece internado em um hospital particular, após ser atingido por 14 tiros.
Os suspeitos foram identificados como Philip Motta Pereira, conhecido como "Lesk," e Ryan Soares de Almeida. O grupo estava hospedado no Hotel Windsor, do outro lado da rua do local do crime, para participar de um congresso. Os criminosos chegaram em um carro branco, pararam sobre a faixa de pedestres e abriram fogo, disparando pelo menos 33 tiros com pistolas 9mm.
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A execução dos quatro suspeitos por membros da mesma facção criminosa responsável por uma das tragédias mais marcantes da cidade do Rio de Janeiro demonstra a crueldade e a brutalidade que acompanham o tráfico de drogas e o crime organizado na região. Enquanto a investigação continua a buscar esclarecer todos os detalhes desses incidentes, a sociedade carioca continua a enfrentar os desafios relacionados à segurança pública em uma cidade marcada por uma longa história de violência urbana.