Mais um caso de abuso e desrespeito cometidos por policiais militares foi registrado em comunidade do Rio. Uma moradora da favela do Jacarezinho, na Zona Norte denuncia que policiais militares invadiram e ocuparam a casa dela durante três meses. E que teriam furtado objetos, enquanto estavam em serviço. Para comprovar o que estava dizendo, a mulher colocou câmeras para registrar a ação.
Ela procurou a Defensoria Pública no fim de janeiro, dias depois da implantação do Programa Estadual Cidade Integrada, que atua para retomar o território ocupado pelo tráfico e pela milícia. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público.
De acordo com a reportagem, a mulher conta que a ocupação da casa pelos policiais era frequente. E quando os militares saíam, ela entrava na casa para ver os estragos. Em depoimento ao Ministério Público, ela contou que “não mais retornou para sua casa com medo de que os policiais a invadissem".
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Segundo a denúncia, "primeiro começaram a sumir objetos pequenos, perfumes, bijuterias, as roupas. Depois começaram a desaparecer os eletrodomésticos. Por fim, as portas dos armários, as tomadas, os interruptores e até as lâmpadas foram levadas".
Os policiais invasores ainda ameaçaram a moradora, para que ela não retornasse para casa, porque eles precisavam de um lugar pra ficar durante o serviço.
A Polícia Militar disse, em nota, que o Comando da Corporação determinou um procedimento apuratório. E que todos os policiais militares envolvidos na suposta invasão de domicílio já foram identificados e ouvidos. E que para assegurar a transparência das ações de patrulhamento, foi instalado na comunidade um posto da Corregedoria Geral da PM, que já recebeu mais de 30 denúncias de moradores.
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Invasão na favela da Vila Aliança
Em fevereiro, outros policiais foram denunciados por invadirem casas e furtarem objetos na favela da Vila Aliança, na zona oeste do Rio de Janeiro. Eles são investigados em dois inquéritos, um na Corregedoria da Polícia Militar e outro na Polícia Civil.
O morador que teve a casa invadida afirma que os PMs não tinham mandado de busca que justificasse a entrada. No entanto, ele conseguiu acompanhar a ação ao vivo por aplicativo. A casa dele foi revirada revirada outras 10 vezes por militares.