QUEM MANDOU MATAR?

Marielle Franco: corregedoria realiza operação contra PMs que tinham relação com Ronnie Lessa

De acordo com as investigações, os alvos da operação atuavam junto com Lessa, acusado de ter assassinado a vereadora, na venda de armas, drogas e máquinas caça-níqueis

Marielle Franco: corregedoria realiza operação contra PMs que tinham relação com Ronnie Lessa.
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A Delegacia de Homicídios da Capital (RJ) e a Corregedora da Polícia Militar realizam na manhã desta quinta-feira (7) uma operação que é um desdobramento da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. 

A operação tem por objetivo cumprir seis mandados de busca e apreensão. Alguns dos alvos são policiais militares. Mais de 100 de agentes estão nas ruas. 

Segundo informações do G1, os alvos da operação tinham relações com Ronnie Lessa, preso acusado de ter assassinado Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

De acordo com a polícia, os investigados atuavam com Ronnie Lessa na venda de armas, drogas e máquinas caças-níqueis. 

Em um dos endereços, a corregedoria da PM e os policiais civis encontraram armas e dinheiro. 

“Não há interesse em resolver”, diz Mônica Benício sobre o assassinato de Marielle Franco

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, completa quatro anos nesta segunda-feira (14). Em 2018, Marielle e Gomes foram executados na região central do Rio de Janeiro, especificamente no Estácio. De lá pra cá, a investigação já trocou de delegado cinco vezes e dois suspeitos de terem executado foram presos. Mas, a principal pergunta ainda não foi respondida: quem mandou matar Marielle Franco e por quê?

A vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ) que, à época do crime era companheira de Marielle Franco, declarou que à Fórum que não há vontade de se descobrir os mandantes do crime e que a não solução da investigação é violação continuada dos direitos humanos. 

“Quatro anos é tempo demais, mesmo para crimes complexos. Parece que não há interesse em resolver. O governador é incompetente, ou coisa pior, pra nessa altura do campeonato ainda não ter uma resposta. Gravíssima e continuada violação dos direitos humanos e a cada dia que passa a democracia é enfraquecida”, lamenta Mônica Benicio. 

Desde o assassinato de Marielle Franco, que o Brasil tem acompanhado a ascensão de vários quadros políticos que se pautam pelas lutas feministas, LGBT e antirracista. Porém, vereadoras como Benny Briolli (PSOL-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP) são constantemente ameaçadas de morte e, assim como no caso de Marielle, as investigações sobre as ameaças trazem poucos resultados concretos e os assediadores se sentem encorajados a continuar a fazer ameaças de morte contra parlamentares e ativistas. 

Para Mônica Benício, as ameaças de morte contra parlamentares negras, LGBT e feministas estão diretamente ligadas a não solução do caso Marielle Franco. “Justamente pelo fato de as autoridades não terem apresentado uma solução para o caso, outros agressores se sentem à vontade para agir. O cenário já era ruim, com a escalada do bolsonarismo. 

Quem mandou matar Marielle Franco?

A vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes foram executados em março de 2018, no Estácio, que fica na região central do Rio.

Após um ano de investigação, a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz e os apontou como os autores do crime. Porém, até hoje não se sabe a mando de quem os dois homens teriam cometido o crime.

Desde então, o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes vive entre muitas perguntas e sem nenhuma resposta.

Além disso, até hoje a Polícia e o Ministério Público não conseguiram descobrir o paradeiro da arma utilizada para matar Marielle e Anderson.

De acordo com a perícia do caso, sabe-se que foi utilizada uma metralhadora MP-5 com munição UZZ-18.

As investigações também revelaram que fuzis foram jogados ao mar no dia seguinte à prisão de Lessa, em março de 2019. Porém, nenhuma arma foi encontrada.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos nas penitenciárias federais de Campo Grande e de Porto Velho e vão a júri popular, que ainda não tem data para ocorrer.

Por fim, cabe destacar que, apesar da prisão dos supostos executores de Marielle e Anderson, a principal pergunta segue sem resposta: quem são os mandantes?

 

Com informações do G1