A 3ª Vara Criminal do RJ marcou para a tarde do próximo dia 21 de novembro a audiência do processo por homicídio qualificado ao qual respondem o pistoleiro Ronnie Lessa e o ex-vereador carioca Cristiano Girão. De acordo com denúncia do Ministério Público do Estado, Girão teria contratado Lessa para assassinar o policial militar André Henriques da Silva Souza, conhecido como Zóio, e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira.
O crime ocorreu em junho de 2014 e, de acordo com a denúncia do MP, a intenção de Girão seria assumir o controle de milícia na região da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. Lessa é réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, e hoje está em presídio federal no Rio Grande do Norte.
Por serem presos de alta periculosidade ambos serão ouvidos em videoconferência enquanto as testemunhas, de acusação e defesa, prestarão seus depoimentos presencialmente.
Para a Força-Tarefa do Caso Marielle e Anderson (FTMA), composta pelo MPRJ e a Delegacia de Homicídios (DH), o caso pode apresentar os elos entre Girão e Lessa no que a FTMA acredita ser um “passo decisivo” para a resolução do caso. No entanto, após denunciar o ex-vereador em julho do ano passado, as promotoras que fizeram as descobertas entregaram os cargos por conta de “interferências externas”. Girão teria sido apontado como o chefe da milícia de Gardênia Azul, além do envolvimento com o assassinato do PM ‘Zóio’.
*Com informações d’O Globo.