VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

"Minha maior meta agora será combater o feminicídio!", diz irmão da vereadora assassinada

Deputado federal Yuri do Paredão (PL-CE), irmão da vereadora Yanny Brena, quebra o silêncio sobre crime bárbaro no dia em que a vítima completaria 27 anos

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A morte de Yanny Brena, aos 26 anos, chocou o Brasil. A jovem vereadora, presidenta da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte (CE), foi encontrada morta ao lado do namorado Rickson Pinto na manhã do dia 3 de março. Rapidamente a Polícia Civil do Ceará desvendou o crime: ela foi vítima de feminicídio seguido de suicídio do companheiro com quem quis terminar o relacionamento.

O irmão da jovem, o deputado federal Yuri do Paredão (PL-CE) quebrou o silêncio na última sexta-feira (10), data em que Yanny completaria 27 anos. "Éramos para estarmos comemorando juntos os seus 27 anos e sorrindo para um futuro lindo que estava por vir", escreveu nas redes sociais.

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"Hoje meu coração chora. Chora pela minha irmã, chora por saber que ela não conseguiu conquistar tudo que era capaz e que merecia", desabafou.

O parlamentar comenta que Juazeiro perdeu um grande nome. "Não só a presidenta da Câmara ou uma médica, mas uma grande mulher, que com certeza iria revolucionar essa cidade", afirmou.

"Hoje carrego a dor da perda, mas essa dor também me fortaleceu e me lembra todos os dias que não posso desistir no caminho. E eu não desistirei de jeito nenhum! Afirmo com clareza que a minha maior meta agora será combater o feminicídio!"
Deputado federal Yuri do Paredão

Ele escreveu ainda que empenha a própria palavra de que vai lutar para que "a dor que sinto agora não seja sentida por outras mães, outros pais e outros irmãos". "Eu vou lutar aqui, Yanny. Fica olhando e me guiando aí de cima, tá bom?", finaliza.

Relembre o caso

Yanny e o namorado foram encontrados já sem vida pela empregada doméstica, na manhã do dia 3 de março, na residência da jovem, que fica num bairro nobre do município do extremo sul cearense.

A jovem vereadora foi vítima de feminicídio, crime que foi seguido pelo suicídio de Rickson, que segundo as autoridades registrava uma passagem na polícia por porte ilegal de arma. 

Antes da polícia elucidar o crime, várias informações tinham sido vazadas desde o início das investigações, como o fato de Yanny apresentar marcas típicas de luta corporal e uma calorosa discussão, com aparente agressão, na noite anterior, de quinta-feira (2), ouvida pelos vizinhos do imóvel.

Um fato que chamou a atenção dos policiais e peritos foi o cenário montado por Rickson, que teria matado a companheira por estrangulamento. Ele colocou duas cordas presas ao teto para simular um duplo suicídio por enforcamento, pendurando o corpo de Yanny já sem vida num dos laços, para depois se pendurar no outro e tirar a própria vida, relatam jornais e sites locais.