O coach e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), está à frente de uma jornada espiritual com cerca de 220 brasileiros em viagem por países do Oriente Médio, incluindo Egito, Jordânia e, mais recentemente, Israel, que viveu uma escalada militar com o Irã nas últimas semanas.
O curso, divulgado nas redes sociais por Marçal há cerca de dois meses, teve início no dia 18 de junho, cinco dias após o primeiro ataque israelense ao Irã, episódio que desencadeou doze dias de confronto direto entre os dois países. Mesmo com o alerta do Itamaraty desaconselhando viagens não essenciais à região desde outubro de 2023, o grupo cruzou as fronteiras e chegou a Israel por terra na quarta-feira (25), um dia após o anúncio oficial de cessar-fogo.
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Marçal, que está inelegível, tem documentado cada etapa da mentoria em suas redes sociais, com registros de trechos da travessia e reflexões espirituais. Nesta quinta-feira (26), ele usou seu espaço para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e falou sobre a relação Brasil-Israel, afirmando que houve um "levante" brasileiro.
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“Guerra é aí no Brasil, não pode sair com o celular na rua porque vai ser roubado. No Rio de Janeiro você vai levar um tiro. Parece até que a gente tá inseguro aqui. Inseguro é com o Lula, num país que se levanta contra Israel”, afirmou, nesta quinta-feira (26), prometendo um pronunciamento às 23h.
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“Fizemos o nosso próprio ‘Êxodo’: saímos do Egito, atravessamos o Mar Vermelho, passamos pela Jordânia e agora estamos em Israel. Estamos dentro do ‘acordo de paz dos 12 dias’ e não estamos aqui por turismo, mas por propósito”, compartilhou em vídeo publicado na quarta.
Ao lado da esposa, Carol, e de dois de seus quatro filhos, o coach afirma que o grupo se move por fé. "Sobre segurança, estamos debaixo de uma proteção que não se compra com colete à prova de bala. A guerra não nos assusta, nos posiciona", disse.
A entrada do grupo em Israel, segundo Marçal, foi autorizada pelo governo local, embora as tensões na região continuem elevadas e os riscos, segundo especialistas, ainda sejam consideráveis.