TRAGÉDIA

Juliana Marins: governo Lula se pronuncia sobre morte da brasileira em vulcão na Indonésia

Jovem publicitária foi encontrada sem vida após quatro dias aguardando resgate em um local de difícil acesso na encosta da montanha

A publicitária Juliana Marins.Créditos: Reprodução/Instagram
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou nesta terça-feira (24) uma nota de pesar pela morte de Juliana Marins, turista brasileira que caiu de uma trilha rumo ao topo do vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela foi encontrada sem vida após permanecer quatro dias em uma área de difícil acesso, sem resgate.

Juliana caiu no último sábado (21), em uma região remota e de acesso extremamente limitado, e permaneceu no local sem água, comida ou roupas adequadas para suportar o frio intenso da montanha. A situação gerou comoção, e pessoas em diferentes partes do mundo acompanharam com apreensão as tentativas de resgate, dificultadas por condições climáticas e geológicas adversas.

A indignação diante da tragédia aumentou após denúncias de uma possível omissão por parte das autoridades indonésias. As operações de resgate só começaram 48 horas após o acidente, após intensa pressão diplomática do governo brasileiro e mobilização da comunidade internacional. Nesta terça-feira (24), uma equipe conseguiu finalmente alcançá-la, mas confirmou o pior desfecho: Juliana já estava sem vida.

"O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado a cerca de 1.200 km de Jacarta, na ilha de Lombok. Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira. A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani", diz a nota divulgada pelo Itamaraty.

"O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente", prossegue o comunicado.

Revolta nas redes 

A morte de Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos que caiu durante uma trilha rumo ao topo do vulcão Rinjani, na Indonésia, gerou uma onda de comoção e indignação nas redes sociais. Internautas de diferentes partes do mundo, especialmente do Brasil, passaram a cobrar explicações das autoridades indonésias sobre o atraso nas operações de resgate, considerado por muitos como fator determinante para o desfecho trágico.

Juliana caiu em uma área de difícil acesso no sábado (21) e, desde então, permaneceu isolada, sem água, comida ou roupas apropriadas para suportar as baixas temperaturas da montanha. Imagens de drones captadas por voluntários mostravam a jovem imóvel na encosta, enquanto o resgate oficial demorava a se organizar. Segundo relatos, Juliana chegou a ser vista se movimentando até o terceiro dia após a queda, o que aumentou a sensação de que ela poderia ter sobrevivido caso o socorro tivesse ocorrido com mais agilidade.

Após 48 horas sem ação efetiva, o governo indonésio iniciou os esforços de resgate apenas após intensa pressão diplomática do Brasil e mobilização nas redes sociais. Alpinistas voluntários, muitos com experiência em escaladas de alta complexidade, se juntaram às operações, enquanto familiares de Juliana criaram perfis para centralizar informações e mobilizar apoio.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, escreveu Mariana Marins, irmã da vítima, em um perfil no Instagram.

Publicações indignadas se multiplicaram em plataformas como X (antigo Twitter). “A sensação de impotência que essa tragédia com a brasileira Juliana Marins nos trouxe é indescritível. [...] Juliana foi vista a olho nu no momento em que caiu. Estava se movimentando ainda no terceiro dia”, publicou o perfil Africanize. A postagem denunciou um cenário de abandono e falta de organização: “Diversos vídeos mostravam que, enquanto deveriam estar empenhados no resgate, alguns estavam sentados, fumando e divulgando informações confusas”.

Outros usuários destacaram o contraste entre a comoção internacional e a lentidão da resposta local. “Impossível não se REVOLTAR com o que o governo da Indonésia fez com Juliana Marins. Quase TRÊS dias sem ÁGUA, ALIMENTO e trataram a vida da brasileira com um descaso que jamais ocorreria no Brasil”, escreveu outro internauta.

Além das críticas à condução do resgate, muitos usuários têm feito homenagens à jovem e expressado solidariedade à família. A expectativa é que o corpo de Juliana seja repatriado nos próximos dias, com apoio do Itamaraty.

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