CENSO

A capital do divórcio no Brasil: essa é a cidade com mais separações no país

Cidades pequenas lideram ranking proporcional, segundo o IBGE

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O número de divórcios no Brasil voltou a crescer em 2023, atingindo 440,8 mil registros, o maior volume desde o início da série histórica. Segundo os dados das Estatísticas do Registro Civil do IBGE, o aumento foi de 4,9% em relação a 2022, quando ocorreram 420 mil separações.

Do total de divórcios, a maioria esmagadora — 81,8% — ocorreu por via judicial. Os registros extrajudiciais, feitos em cartório, corresponderam a apenas 18,2%. A taxa geral de divórcios, que calcula o número de separações por mil pessoas com 20 anos ou mais, subiu de 2,4 em 2016 para 2,8 em 2022 e se manteve nesse patamar em 2023 — o mais alto já registrado.

Casamentos duram menos e divórcio chega mais cedo

A pesquisa mostra ainda que os casamentos estão durando menos. A média de duração caiu de 15,9 anos em 2010 para 13,8 anos em 2023. Homens se divorciam, em média, aos 44,3 anos, enquanto mulheres aos 41,4 anos.

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Cidades com mais divórcios proporcionais

Segundo dados do IBGE, Ivatuba (PR) lidera o ranking nacional de divórcios proporcionais. Em 2023, o município registrou 7 divórcios para cada mil habitantes com 15 anos ou mais, considerando uma população total de 2.708 pessoas (Censo 2022).

Na segunda colocação está Iracema do Oeste (PR), com 6 divórcios por mil habitantes nessa faixa etária. A cidade tem 2.343 moradores, dos quais 1.938 têm 15 anos ou mais. Entre as 15 cidades brasileiras com as maiores taxas de divórcio proporcional, nove são do Paraná:

Ranking das 15 cidades com maiores taxas

  1. Ivatuba (PR)
  2. Iracema do Oeste (PR)
  3. Reserva do Cabaçal (MT)
  4. Sagres (SP)
  5. Guaraíta (GO)
  6. Jundiá (AL)
  7. Altamira do Paraná (PR)
  8. Inajá (PR)
  9. Serranópolis do Iguaçu (PR)
  10. Nossa Senhora das Graças (PR)
  11. Pedrinópolis (MG)
  12. Mimoso de Goiás (GO)
  13. Rancho Alegre D'Oeste (PR)
  14. Jundiaí do Sul (PR)
  15. Diamante do Norte (PR)

Acesso ao divórcio e mudanças legais

Apesar de pequenas em população, essas cidades têm alto índice de divórcios, reflexo de transformações sociais e maior acesso a serviços notariais. Desde 2017, com a mudança na Lei de Registros Públicos (Lei nº 13.484), passou a ser possível registrar o nascimento no município de residência dos pais, mesmo que a criança tenha nascido em outro local. Já os divórcios e casamentos podem ser realizados em qualquer cartório com jurisdição sobre os noivos.

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