Desde a fundação de São Vicente, em São Paulo, no ano de 1532 no litoral paulista, o Brasil fundou mais 5.568 cidades, segundo dados atualizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em abril deste ano.
O "caçula" dos municípios, no entanto, tem poucos meses de vida e nasceu do desmembramento de uma área de cerca de 4,5 mil quilômetros quadrados dos municípios de Sorriso e Nova Ubiratâ, no chamado Nortão de Mato Grosso.
Te podría interesar
Com uma população estimada em 5.772 habitantes, Boa Esperança do Norte deu posse a seu primeiro prefeito no dia da sua fundação em 1º de Janeiro de 2025, mas só foi reconhecido oficialmente como município há menos de dois meses, em 21 de março, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), que se posicionou contra a ação de Nova Ubiratã, que não queria a emancipação da área.
A cidade tem como prefeito o agricultor Calebe Francesco Francio (MDB), com Jair Obregão (PL) como vice. Na Câmara, 9 vereadores foram eleitos para a primeira legislatura: Sidiney Piratininga, Professora Daniely Peters, Professora Joana, Izaqueu Andrade, Professor Wellington, Pepe Da Piratininga, Marcão De Boa Esperança, Olenil Lino e Andre Da Adf (PL).
Te podría interesar
Segundo o IBGE, Boa Esperança do Norte foi a primeira cidade criada no Brasil desde 2013. Na atualização ainda foram criados 19 novos distritos municipais, sendo 11 em Minas Gerais, seis em Santa Catarina, um na Bahia e um em Mato Grosso. Além disso, houve decréscimo, por extinção, de três distritos, todos em Mato Grosso. No total, as cidades brasileiras têm 10.740 distritos.
Boa Esperança do Norte
Cidade mais nova do Brasil, Boa Esperança do Norte está cravada em meio às vastas plantações de soja na região e abriga a "Área de Proteção Ambiental (APA) estadual de Salto Magessi", uma unidade de conservação de uso sustentável, criada em 2002, que possui 7 846 hectares. A Apa lista uma série de cachoeiras no curso do Teles Pires, situado na bacia hidrográfica do rio Tapajós.
Além da soja, a cidade produz algodão e milho e conta com mais de 400 empresas.