Cerca de 10 mil professores da rede estadual de ensino paulista, segundo dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), participaram da assembleia-geral realizada nesta sexta-feira (25), no vão livre do Masp. A categoria deliberou pela realização de nova greve, com a realização de uma nova assembleia em 9 de maio, na Praça da República.
A decisão dos professores ocorre em um momento de tensão nas negociações, j?? que o governo estadual, após apresentar propostas por escrito que foram consideradas insuficientes pela categoria, recorreu ao Judiciário no mesmo dia.
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Também estão programados atos e vigílias nas Diretorias de Ensino, que serão realizados em 5 de maio, no mesmo horário da audiência de conciliação promovida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Reajuste e piso nacional da educação
Entre as principais pautas dos docentes estão a valorização salarial, climatização das escolas, regras justas para atribuição de aulas, alimentação para professores e convocação de aprovados em concursos públicos.
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A deputada estadual Professora Bebel (PT), que também é segunda presidenta da Apeoesp, destacou a importância da mobilização.
“A assembleia de hoje foi muito importante para mostrar a força da nossa categoria. Não abriremos mão de um reajuste que garanta a recomposição do poder de compra dos nossos salários, rumo ao correto cumprimento do piso salarial nacional. Também exigimos a imediata convocação de 44 mil professores já aprovados em concurso público, com valorização e respeito aos profissionais da educação”, disse.
As propostas do governo de SP
Na quinta-feira (24), o governo do estado de São Paulo formalizou uma proposta que incluía um reajuste de 5%, abaixo da inflação acumulada no período. A categoria exige um percentual maior, além de um plano efetivo de recomposição salarial, buscando o cumprimento integral do piso nacional da educação.
Em relação à climatização das escolas, a previsão da Secretaria da Educação é de climatizar cerca de 1.000 unidades de ensino em 2025, em uma rede que possui aproximadamente 5 mil unidades. A Apeoesp cobre urgência para a climatização de todas as escolas estaduais devido às altas temperaturas, além da introdução da educação climática no currículo.
O governo do estado também alegou "entraves legais" para justificar o não fornecimento de merenda aos docentes, mas se comprometeu a instaurar uma comissão conjunta com o sindicato e o Ministério Público para buscar alternativas.
Sobre a atribuição de aulas, foi acordada a formação de uma comissão paritária para reformular o processo de atribuição, com participação ativa da assessoria técnica do Sindicato.