EDUCAÇÃO

Professores da rede estadual de SP marcam nova greve para maio

Assembleia reúne 10 mil docentes e encaminha mobilização em defesa da educação pública

Deputada estadual Professora Bebel (PT) em assembleia realizada no Vão Livre do Masp
Deputada estadual Professora Bebel (PT) em assembleia realizada no Vão Livre do MaspCréditos: Rogério Cavalheiro
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Cerca de 10 mil professores da rede estadual de ensino paulista, segundo dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), participaram da assembleia-geral realizada nesta sexta-feira (25), no vão livre do Masp. A categoria deliberou pela realização de nova greve, com a realização de uma nova assembleia em 9 de maio, na Praça da República. 

A decisão dos professores ocorre em um momento de tensão nas negociações, j?? que o governo estadual, após apresentar propostas por escrito que foram consideradas insuficientes pela categoria, recorreu ao Judiciário no mesmo dia.

Também estão programados atos e vigílias nas Diretorias de Ensino, que serão realizados em 5 de maio, no mesmo horário da audiência de conciliação promovida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Reajuste e piso nacional da educação

Entre as principais pautas dos docentes estão a valorização salarial, climatização das escolas, regras justas para atribuição de aulas, alimentação para professores e convocação de aprovados em concursos públicos.

A deputada estadual Professora Bebel (PT), que também é segunda presidenta da Apeoesp, destacou a importância da mobilização.

“A assembleia de hoje foi muito importante para mostrar a força da nossa categoria. Não abriremos mão de um reajuste que garanta a recomposição do poder de compra dos nossos salários, rumo ao correto cumprimento do piso salarial nacional. Também exigimos a imediata convocação de 44 mil professores já aprovados em concurso público, com valorização e respeito aos profissionais da educação”, disse.

As propostas do governo de SP

Na quinta-feira (24), o governo do estado de São Paulo formalizou uma proposta que incluía um reajuste de 5%, abaixo da inflação acumulada no período. A categoria exige um percentual maior, além de um plano efetivo de recomposição salarial, buscando o cumprimento integral do piso nacional da educação.

Em relação à climatização das escolas, a previsão da Secretaria da Educação é de climatizar cerca de 1.000 unidades de ensino em 2025, em uma rede que possui aproximadamente 5 mil unidades. A Apeoesp cobre urgência para a climatização de todas as escolas estaduais devido às altas temperaturas, além da introdução da educação climática no currículo.

O governo do estado também alegou "entraves legais" para justificar o não fornecimento de merenda aos docentes, mas se comprometeu a instaurar uma comissão conjunta com o sindicato e o Ministério Público para buscar alternativas.

Sobre a atribuição de aulas, foi acordada a formação de uma comissão paritária para reformular o processo de atribuição, com participação ativa da assessoria técnica do Sindicato.

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